Nos primeiros 22 dias de dezembro, Santa Cruz do Sul registrou 609 novos casos positivos da Covid-19, um incremento de 574% sobre os 106 pacientes que estavam em tratamento domiciliar no dia 30 de novembro. Nesse mesmo período, o município também contabilizou dois óbitos em decorrência da doença e quatro internações. Essa situação evidencia que, apesar de controlado com o auxílio das vacinas e demais medidas de contenção, o coronavírus permanece circulando e novos picos de infecção podem ocorrer.
Conforme o doutor em Epidemiologia Paulo Petry, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), o cenário atual é condizente com aquilo que previam os especialistas. “Nós temos hoje uma subvariante da Ômicron que é muito contagiosa, as pessoas estão se contaminando muito a partir dela.”
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Ele chama a atenção ainda para a subnotificação, ou seja, a quantidade de pessoas que apresentam sintomas mas não buscam o diagnóstico. “Tem muita gente assintomática ou com sintomas leves que faz o autoteste ou nem busca testagem, e isso faz o vírus se espalhar ainda mais.” O especialista chama ainda para um fenômeno recente conhecido como presenteísmo.
Trata-se do oposto do absenteísmo, isto é, quando o profissional não deixa de trabalhar mesmo que tenha uma justificativa para fazê-lo, como uma confirmação de Covid-19. “Nós estamos observando que as pessoas têm sintomas e nem querem testar porque não são complicações graves, assim não deixam de cumprir as obrigações.” Entre os motivos citados por ele estão o medo de perder o emprego ou mesmo a possibilidade de ganhar menos dinheiro, no caso dos autônomos.
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Diante disso, Petry volta a alertar que os indivíduos saudáveis sem maiores problemas causados pela doença podem acabar levando o vírus para outros menos protegidos, seja pelo esquema vacinal incompleto ou pelas comorbidades como imunossupressão, idade avançada ou obesidade, entre outras condições.
Também reforça o pedido para que a população que ainda não o fez procure se imunizar com todas as doses disponíveis para aquela faixa etária. Essa, ressalta o epidemiologista, é a melhor maneira de proteger a si mesmo e aos demais, além do uso de máscara e isolamento em caso de suspeita ou diagnóstico da doença.
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A secretária da Saúde de Santa Cruz do Sul, Daniela Dumke, enfatiza o papel das vacinas em prevenir os quadros graves e chama a população a buscar os postos para receber as aplicações que faltam. Acerca das festas de final de ano, ela pede que os santa-cruzenses tenham atenção. “Sabemos que as pessoas estão levando suas vidas normalmente, mas devem se atentar a familiares que podem ter comorbidades”, afirma. “Se for o caso, a orientação é adotar as devidas precauções, pois sabemos que essas pessoas têm mais probabilidade de desenvolver quadros graves.”
A Vigilância Epidemiológica de Sinimbu monitora os casos de Covid-19 no município e tem registrado um aumento no número de pessoas contaminadas. Até o dia 22 de dezembro, o Município registrou 21 casos positivos, depois de uma queda significativa nos meses de outubro, com apenas um registro, e novembro, com três.
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Os sintomas da Covid-19 são similares aos da gripe e do resfriado comum. O paciente infectado pode ter coriza, dor de garganta, tosse, dor de cabeça, dor no corpo, cansaço e febre. Essas reações podem ser combinadas ou únicas, a depender da gravidade do caso.
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