Boletim atualizado da Prefeitura de Santa Cruz do Sul aponta que o município está com 838 casos confirmados de dengue. Os dados, repassados na manhã desta quarta-feira, 28, ainda apontam 44 casos em investigação, ou seja, que aguardam o resultado dos exames. Não há nenhuma pessoa internada com dengue. Dois óbitos já foram registrados.
Ao todo, foram 1.151 notificações. Segundo a prefeitura, nem todos que procuram atendimento com suspeita de dengue retornam, sete dias depois, para fazer o exame. Por isso a soma no número de notificados não fecha com os demais números da tabela. Outros 134 casos foram descartados.
Estado: maior número de casos desde 2010
De acordo com dados do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), o Rio Grande do Sul teve, até 24 de abril, 3.014 casos confirmados de dengue, dos quais 2.923 são autóctones – quando o paciente foi infectado dentro do Estado. São os maiores números para o período, em ambos os indicadores, desde 2010 – quando começa a série histórica sobre dengue do Cevs.
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Naquele ano, foram registrados 3.348 casos até 24 de abril, sendo 3.248 autóctones. O número de notificações, que inclui casos suspeitos, no entanto, é maior em 2021 e ainda há 856 pacientes que aguardam resultados de exames.
Quase 89% dos casos autóctones de dengue em 2021 no Estado, segundo o Cevs, estão concentrados em quatro municípios: Aratiba, Erechim, Santa Cruz do Sul e Bom Retiro do Sul. Até dia 24, quatro mortes pela doença tinham sido confirmadas no Estado, sendo duas em Santa Cruz e as demais em Erechim e Bom Retiro.
Os dados do Centro Estadual de Vigilância em Saúde não trazem a distribuição dos casos por município, mas por Coordenadoria Regional de Saúde (CRS). Até dia 24, a 11ª CRS, sediada em Erechim, era a que mais tinha registros no Estado: 2.243. Seguida pela 13ª CRS, em Santa Cruz, que até então tinha 353 infectados – sendo 344 autóctones (os dados divulgados pela Prefeitura são mais atualizados).
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O Cevs ainda traz informação sobre os sintomas mais relatados entre os infectados por dengue no Rio Grande do Sul em 2021: 88% tiveram febre, 84% relataram dor de cabeça e quase 84% tiveram também dores no corpo.
Infestação por Aedes aegypti chama a atenção
O boletim do Cevs ainda indica um recorde de municípios infestados pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, mas que também pode ser vetor do vírus Zika, da febre Chikungunya e da febre amarela. Há infestação do mosquito em 82% das cidades gaúchas (ou 409), número mais alto já registrado, com dados desde 2000.
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