A juíza Josiane Estivalet, da 1ª Vara Cível, rejeitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público em outubro do ano passado contra o prefeito Telmo Kirst (PSD) e outras sete pessoas sobre supostas interferências políticas em agendamentos de consultas e exames via Sistema Único de Saúde (SUS) em Santa Cruz – caso que ficou conhecido como “Fura-fila”. A investigação começou a partir de uma denúncia publicada pela Gazeta do Sul em junho de 2016. A reportagem revelou documentos de 2013 que indicavam que, em muitas situações, procedimentos haviam sido autorizados sem que a tramitação regular fosse respeitada para atender a “favores políticos”.
Além de Telmo, foram denunciados por improbidade administrativa o ex-chefe de gabinete Edson Azeredo, a mãe dele, Aleci Azeredo, o ex-secretário de Saúde Carlos Behm, o ex-vereador e ex-diretor de Saúde Marcelo Diniz da Silva e os servidores Sirlene Dörr e Jeferson Toni da Cruz. Segundo a Promotoria, a partir de abril de 2013, a Central de Marcação de Consultas e Exames (Casa) passou a receber periodicamente relações de pacientes que deveriam ser priorizados no agendamento de procedimentos.
LEIA MAIS
Audiências da Operação Fura-fila estão suspensas até o dia 15
Um ano depois, caso do fura-fila ainda está sob investigação
Publicidade
A conclusão da magistrada, no entanto, foi de que não há evidências de irregularidades na conduta dos acusados e que “eventuais falhas” se deram em função da falta de sistema informatizado à época e à “situação de total desorganização na área da saúde”, herdada do governo anterior. No despacho, ela alegou falta de “qualquer suporte probatório para a narrativa de que tenham os requeridos praticado ato de improbidade administrativa, afastando a viabilidade acusatória.” Ainda cabe recurso da decisão.
LEIA MAIS
Ministério Público ouve 90 testemunhas na Operação Fura-Fila
16 meses depois, o que falta para o MP concluir a Fura-Fila?
Publicidade
This website uses cookies.