Esta sexta-feira, 18, será marcada por um dos julgamentos mais aguardados dos últimos anos em Santa Cruz do Sul. Inicia-se às 9h30, no Fórum, o júri popular de Jair Menezes Rosa, de 62 anos, acusado de ter assassinado Francine Rocha Ribeiro, de 24. O crime aconteceu há mais de quatro anos, na tarde de 12 de agosto de 2018, em um dos pontos turísticos mais belos da cidade, o Lago Dourado. Relembre o caso.
Um forte esquema de segurança e logística foi montado pela 1ª Vara Criminal para a realização da sessão, que será presidida pela juíza Márcia Inês Doebber Wrasse. Logo às 9h30, haverá o sorteio dos sete jurados que vão compor o Conselho de Sentença. Na sequência irão falar as três testemunhas arroladas no processo, que são o delegado Luciano Menezes, a delegada Lisandra de Castro de Carvalho e a irmã gêmea de Francine, Franciele Rocha Ribeiro.
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Depois, a juíza abrirá espaço para que o denunciado fale. O advogado criminalista Mateus Porto, que faz a defesa do réu, garantiu que Jair vai depor à magistrada. Ele é acusado de furto (teria levado um celular, óculos e uma blusa de Francine), estupro e homicídio quadruplamente qualificado.
As qualificadoras, que podem ampliar a pena, foram definidas pelo feminicídio (o fato de a vítima ser mulher), meio cruel (asfixia), uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima (ela ter sido amarrada) e ocultação da prática de outro crime (o réu teria tentado ocultar o estupro). Jair nega ter cometido os crimes e será levado ao plenário por uma equipe da Susepe. Atualmente, ele permanece detido no Presídio Estadual de Candelária.
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A partir do início da tarde, no plenário, ocorrerão os debates entre acusação e defesa. Pelo Ministério Público (MP) atuará o promotor de Justiça Flávio Eduardo de Lima Passos. O assistente de acusação será o advogado criminalista Roberto Alves de Oliveira. Será disponibilizada uma hora e 30 minutos para o MP, que pode dividir seu tempo com o assistente de acusação, e uma hora e 30 minutos para a defesa do réu. Se a acusação solicitar a réplica, terá mais uma hora, e o mesmo tempo será dado à defesa para a tréplica.
O plenário estará lotado. Os 82 lugares foram divididos entre familiares da vítima e do acusado, jurados, funcionários da 1ª Vara Criminal, MP, testemunhas, advogado de defesa, réu e imprensa. O processo do caso conta com mais de 1,2 mil páginas. Ao longo das últimas semanas, a Gazeta do Sul produziu a série Caso Francine: O Júri. Em quatro reportagens especiais, foram entrevistadas sete pessoas que tiveram relação com o caso ou vão participar do julgamento.
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Foram ouvidas a juíza Márcia Inês Doebber Wrasse; a irmã gêmea de Francine, Franciele Rocha Ribeiro; a delegada Lisandra de Castro de Carvalho e o comissário Orlando Brito de Campos Júnior, responsáveis por investigar o caso, além do promotor de Justiça Flávio Eduardo de Lima Passos e os advogados criminalistas Roberto Alves de Oliveira e Mateus Porto, que explicarão aos jurados as teses jurídicas que podem absolver ou condenar o réu.
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