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Cascatas e parques: seis destinos para se aventurar perto de Santa Cruz

Se você gosta de aventura e tem disposição para encarar trilhas, encontrará neste roteiro lugares fascinantes. Aqui no Vale do Rio Pardo, cascatas de tirar o fôlego com quedas d’água de até 37 metros impressionam os visitantes que se dispõem a largar o calorão da cidade para, literalmente, mergulhar em um refúgio particular. Nesta semana, a reportagem da Gazeta do Sul viajou para quatro municípios e conheceu os segredos de lugares ainda preservados pela natureza. Antes de nos acompanhar nesta aventura, uma dica: pegue o seu celular e fotografe os meios de chegar em cada paraíso. Tem (muito!) chão pela frente, mas a recompensa e o banho gelado valem qualquer esforço.                    

1 – Cascata Salto D’água da Caneleira
Encruzilhada do Sul

Foto: Bruno Pedry

 

Localizada a 19 quilômetros ao sul de Encruzilhada do Sul, a Cascata Salto D’água da Caneleira é um verdadeiro paraíso escondido. Situada na localidade de Passo do Marinheiro, ela tem 37 metros de queda d’água e impressiona com sua imponência e força. O lugar hoje só pode ser acessado mediante agendamento de grupo e, conforme o sócioproprietário do espaço, Sílvio Stracke, um valor de acesso é cobrado. “Passamos a adotar esse esquema, pois muitas pessoas que visitavam o lugar não respeitavam as regras e poluíam o espaço, causando muitos danos ambientais”, lembra.

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Há quatro trilhas de acesso, mas a principal, que permite ao visitante conhecer a queda, não é difícil. Bastam dez minutos de caminhada (15 se o ritmo for mais devagar) e pronto. O banho é tranquilo, e boa parte da piscina é rasa. Quem se arriscar a ir mais perto da queda deve ter cuidado, já que a profundidade chega a 12 metros e a força da água é grande. Na parte de cima da queda, outra piscina natural, com uma espécie de hidromassagem, espera pelos visitantes. Não existem estruturas como bar ou chuveiro. Leve um lanche reforçado e não esqueça do kit básico pós-mergulho: toalha e roupa seca.

A boa notícia é que o espaço deverá ser transformado em um parque de turismo ecológico, de aventuras e místico já no próximo verão. É porque muitas lendas circundam aquela área. “Ela fez parte da rota dos índios charruas que vinham toda primavera e verão do Norte do Uruguai”, lembra o proprietário. O acesso pode até ser demorado para quem sai de Santa Cruz do Sul, mas a recompensa vale a pena. O lugar é de uma paz incomparável e o banho, se o visitante não tiver medo de água gelada, revigorante. Interessados em agendar uma visitação devem entrar em contato pelo telefone (51) 99997 6596.

Foto: Bruno Pedry

 

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INFORMAÇÕES

Nível de dificuldade: difícil para chegar de carro. A trilha é fácil.

Como chegar: desloque-se a Encruzilhada pela BR-471 e fique atento às placas. Passando o quilômetro 249, dobre à direita, onde uma placa indica Passo do Marinheiro. Siga pela estrada principal e, na primeira bifurcação, pegue à direita. Ande mais alguns quilômetros e, na próxima bifurcação, dobre à esquerda. Siga o caminho e fique atento até encontrar uma pequena parada de ônibus de madeira. Quando encontrá-la, entre novamente, à esquerda e ande devagar, pois a via não está muito conservada. Na terceira e última bifurcação, vá à esquerda. Não se intimide com duas porteiras que estarão fechadas. Saia do carro, abra e volte a fechá-las. No fim da estrada, haverá uma casa e um terceiro portão. Chegando lá, é necessário esperar o proprietário Silvio Stracke ou o caseiro, Edilon Batista, autorizarem a entrada. São 19 quilômetros de estrada de chão.

Distância: cerca de 140 quilômetros, saindo de Santa Cruz.

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2 – Cascatinha de Linha Travessa

Foto: Lula Helfer

 

O perfeito destino bate-volta. A Cascatinha de Linha Travessa é ideal para quem quer se deslocar a um paraíso particular sem precisar gastar muito tempo (e gasolina) para isso. Trata-se de uma pequena queda d’água com até 10 metros. O local é de fácil acesso, basta circular por apenas três quilômetros de estrada de chão.

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Chegando na propriedade, é necessário acessar uma trilha durante cerca de dez minutos. O caminho é íngreme, e calçar um tênis antiderrapante é fundamental. A cascata também fica em uma propriedade particular, mas no dia em que a reportagem foi ao local, não encontrou os proprietários. Vizinhos informaram que, para chegar à cascata, é cobrado apenas o valor de R$ 5,00 para estacionar.

Foto: Lula Helfer

 

INFORMAÇÕES

Nível de dificuldade: fácil. São apenas três quilômetros de estrada de chão. A trilha para chegar é um pouco íngreme.

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Como chegar: desloque-se até Linha Santa Cruz pela Avenida Orlando Baumhardt e entre à esquerda para acessar Linha Travessa. Ande três quilômetros de estrada de chão, passe por uma pequena ponte e dobre à esquerda. Estacione o carro em frente à residência e siga reto até encontrar o caminho da trilha.

Distância: 10 quilômetros, saindo do Centro de Santa Cruz do Sul.

 

3 – Parque da Barragem
Rio Pardo

Foto: Bruno Pedry

 

Anexo à Barragem de Dom Marco, interior de Rio Pardo, o Parque da Barragem é um convite ao descanso. Um dos destinos mais acessíveis deste roteiro, é o ponto ideal para quem gosta de acampar em meio à natureza e se desligar da correria do dia a dia. Outro atrativo do local é a prainha, onde é possível se banhar nas águas do Rio Jacuí e também pescar. Com uma vasta área que compreende até nove hectares, o parque ainda oferece piscinas, passeios a cavalo, quadra de vôlei e futebol, além de um barzinho com venda de lanches, bebidas e até almoço. Há energia elétrica, banheiro e chuveiro para quem acampa próximo à recepção.

Já os turistas que não são adeptos de barracas podem optar pelas cabanas. Nesse caso, é necessário reservar. O valor é R$ 60,00 por pessoa. Já para acampar é R$ 15,00 e R$ 20,00 com acesso à piscina. Amantes do pôr do sol também contam com uma visão privilegiada. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (51) 99772 1438. A recepção do parque funciona das 7h30 às 19 horas.

Foto: Bruno Pedry

 

INFORMAÇÕES

Nível de dificuldade: médio. São 17 quilômetros de estrada de chão para chegar ao parque. Não há trilhas.

Como chegar: desloque-se a Rio Pardo pela BR-471 e dobre na ERS-403, como se fosse em direção a Cachoeira do Sul. Ande cinco quilômetros até encontrar um pequeno trevo. Aguarde no acostamento e ingresse à esquerda. A partir desse trecho fique atento às placas que farão a contagem regressiva para chegar ao parque e conte 17 quilômetros.

Distância: 54 quilômetros, saindo de Santa Cruz.

 

4 – Cascata Fischer
Boqueirão do Leão

Foto: Bruno Pedry

 

Alerta de destino para quem gosta de muita aventura! Se você acha que Boqueirão do Leão é longe, prepare-se para chegar até a Cascata Fischer, em Colônia Piccoli, no interior do município. Praticamente um safári rural, com galinhas, vacas, cavalos e cachorros pela estrada, é um destino que rende história.

Entre paisagens de tirar o fôlego, plantações e pequenas propriedades agrícolas, o local fica distante cerca de 15 quilômetros do coração da cidade. Para chegar lá, do Centro de Santa Cruz, é bom reservar, no mínimo, duas horas e contar com o melhor GPS: os moradores.

Ao encontrar o último morador, você vai ter a confirmação de que está quase chegando. Ao andar mais um pouco, quando parecer que a estrada não existe mais, vibre se o filho desse mesmo morador estiver por perto. O Rogério Ebert, de 29 anos, aliás, tem exercido com prazer o ofício de guia de turismo voluntário. Ele está acostumado a levar turistas perdidos, de todos os cantos do Estado, até a cascata.

Após caminhar cerca de um quilômetro, entre muitas descidas, subidas, sanga e mato, é hora de pegar um caminho quase imperceptível à direita. É melhor, aliás, estar na companhia de alguém que saiba o trajeto. Não há qualquer placa indicativa. Então, é preciso descer outra trilha íngreme, de 500 metros, à esquerda, o último passo para chegar até a queda d’água.

Para quem quiser mergulhar, atenção: o local chega a ter 16 metros de profundidade. Mas somente contemplar também pode ser maravilhoso. Afinal de contas, a Cascata Fischer é um lugar digno de todos os “uaus” que você puder dizer.

Foto: Bruno Pedry

 

INFORMAÇÕES

Nível de dificuldade: difícil.

Como chegar: se você seguir até Boqueirão do Leão por Gramado Xavier, vá até o centro da cidade, no primeiro posto de gasolina (bandeira Charrua). Depois retorne, pela mesma rua, a Sinimbu. Após passar a ponte, pegue o segundo acesso à esquerda, no conhecido “chiqueirão”. Siga perguntando o caminho aos moradores.

Distância: 120 quilômetros do Centro de Santa Cruz, pela RSC-153

 

5 – Perau da Nega
Boqueirão do Leão

Foto: Bruno Pedry

 

Aqui o nível de aventura é baixo, se comparado à Cascata Fischer. A beleza, porém, também é soberana. O caminho é de fácil acesso. Você até pode ter a impressão de que se encontra na entrada de alguma propriedade particular. A vegetação peculiar, as rochas e o pequeno riacho que margeiam a estrada de chão, no entanto, dão sinais de que se está no rumo certo.

O Perau da Nega fica em Linha Sinimbuzinho, apenas seis quilômetros do Centro de Boqueirão do Leão. O paredão rochoso, por onde escorre a água, rende paisagens de tirar o fôlego. Um dos pontos de destaque é, também, o paredão que rodeia o local. Para ficar diante da cascata, contudo, é preciso se aventurar pelas trilhas. Há algumas churrasqueiras improvisadas pela área, mas não existe infraestrutura, como banheiros ou lancherias, nem cobrança de ingresso.

Foto: Bruno Pedry

 

INFORMAÇÕES

Distância: 100 quilômetros do Centro de Santa Cruz.

Nível de dificuldade: fácil.

Como chegar: se você seguir até Boqueirão do Leão por Gramado Xavier, vá até a cidade, no primeiro posto de gasolina (bandeira Charrua). Depois retorne pela Rua Sinimbu. Após passar a ponte, pegue o primeiro acesso à esquerda. Há placas indicativas.

 

6 – Morro do Itacolomy
Passo do Sobrado

Foto: Divulgação

 

Um lugar que proporciona atrações para toda a família, desde a turma do chimarrão na sombra até a galera com espírito aventureiro. E ainda sobra espaço para os que adoram uma piscina ou acampamento! No Recanto do Itacolomy, o misto de atividades junto à natureza chama a atenção daqueles que preferem percorrer apenas 15 quilômetros para chegar ao local, do Centro de Passo do Sobrado até a Estrada Potreiro Grande, no interior.

Subir o morro, que deixa o passeio ainda mais especial, pode render uma vista e tanto do município e de outros próximos, reluzentes no horizonte. O pôr do sol é uma grande pedida, mas é preciso cuidado redobrado ao subir e descer. Algumas empresas de ecoturismo da região também escolhem a área para a prática de rapel e organizar luaus, por exemplo. Além de lancheria e área para camping, há piscinas, churrasqueiras, tobogãs e cabanas para pernoite. O funcionamento é das 8h30 às 20 horas, e os ingressos custam R$ 15 (adulto) e R$ 10 (crianças de 3 a 10 anos).

Foto: Divulgação

 

INFORMAÇÕES

Nível de dificuldade: até o recanto, fácil. Para subir o morro, médio.

Distância: 40 quilômetros do Centro de Santa Cruz.

Como chegar: quem vai pela RSC287 deve ingressar na ERS-405 até Passo do Sobrado. O próximo passo é passar pelo Centro da cidade, na Avenida Alberto Jacobsen, e seguir reto em direção à estrada geral de Potreiro Grande. Há placas indicativas, mas, em caso de dúvida, sempre é melhor interagir com os moradores.

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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Naiara Silveira

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