Em entrevista ao Giro Regional na última semana, Glaci Braga da Silva, da Cult Assessoria de Projeto, e Jacqueline Sanchotene, da Jac Sanchotene Marketing Cultural, anunciaram o pontapé inicial para o projeto de restauração de um exemplar da Rota dos Casarões, o Casarão Cella. Elas são responsáveis pelas empresas de Assessoria, Projetos e Marketing Cultural que fazem o encaminhamento para as Leis de Incentivo a nível estadual e federal.
A proposta de trabalho foi apresentada pelas representantes à população de Sobradinho, em especial à comunidade do Campestre (local onde se instalaram, em maior número, os imigrantes italianos no município) e onde está localizada a “Rota dos Casarões”.
No momento, somente a família mantenedora do Casarão Cella, que é tombado, está em contato com as captadoras culturais para dar seguimento ao projeto. Este casarão, de acordo com Marcelo Cella, foi construído em 1900, por Fiovo Pasqualini, que seria o primeiro morador da localidade de Campestre. Já em 1924, Pasqualini vendeu a propriedade para Basilio Cella, nascido na Itália e que havia desembarcado para uma nova vida na Quarta Colônia de Imigração Italiana.
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No Campestre, Basilio residiu com a esposa e os oito filhos, vindo a falecer em 1929. O casarão passou para o filho Augusto Cella e hoje está com Nilton Cella, neto de Basilio.
Conforme Marcelo, que é bisneto de Basilio, a ideia inicial é centrada na conservação da obra, da memória local e da história viva. No momento, a família, em conjunto com a captadora cultural, Jac, e a gestora cultural, Glaci, buscam visualizar quais os melhores caminhos para se desenvolver a partir do restauro do casarão.
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O primeiro passo, após a reunião já realizada com a família e representantes da Associação local, tem sido a coleta de informações sobre a originalidade da obra. Após, deverá ser definido, pela família e com auxílio das assessoras, um arquiteto especialista em restauro, para fazer uma avaliação e projeto completo, com toda a apresentação necessária a partir das plantas do casarão. “O restauro é uma intenção de voltar ao momento mais original da obra, da estética da construção. Quando se pega um imóvel tombado, mas que alguém mexeu, é feita a retirada do que foi alterado e se traz ao primeiro momento dele. Então o arquiteto faz a avaliação, porque muitas vezes não é somente a questão estética, mas também estrutural. Todos os quesitos são listados em um memorial descritivo, com qual ou quais seriam as patologias do imóvel e o que tem que ser feito. A partir daí é realizado um orçamento de tudo o que vai ser feito, tanto de material como mão de obra, e tempo da obra, que depende também do diagnóstico do cenário levantado pelo arquiteto”, salientaram.
Na sequência, depois de formulado, o projeto final deverá ser inscrito junto às leis de incentivo e, sendo aprovado, iniciar a captação de recursos, para, somente então, as obras de restauro.
O primeiro contato de Jac e Glaci com a Rota dos Casarões foi através da arquiteta e urbanista Kelli Laura Lago, natural da localidade.
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