Polícia

Casal sofre extorsão mediante sequestro e tem carro e quase R$ 5 mil roubados

Um crime inusitado registrado em Rio Pardo vem sendo investigado pela Polícia Civil. Um casal foi assaltado, extorquido, sequestrado e mantido sob a mira de armas de fogo ao longo dessa terça-feira, 7. O caso grave iniciou nos últimos dias, a partir de uma transação de venda de veículo pelo Facebook. Um homem de Encruzilhada do Sul buscava negociar seu Chevrolet Prisma, mais o valor de R$ 9.500,00, por um suposto Volkswagen Golf de um morador de Rio Pardo.

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A negociação ficou acertada para ser finalizada no início da manhã de terça, na Rua Lucas Rodembusch, nas proximidades da entrada do Bairro Ramiz Galvão. O dono do Prisma, de 38 anos, foi com sua companheira, de 33, até o local, e quando chegaram encontraram dois homens que entraram no automóvel e disseram que a troca seria finalizada em uma estrada mais adiante.

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Cerca de dois quilômetros depois, os caroneiros anunciaram que se tratava de um assalto e revelaram que não havia carro algum para troca. Armados, exigiram que o morador de Encruzilhada efetuasse transferências via Pix para uma conta, mas o homem afirmou que não tinha aplicativo para fazer o depósito. Irritados, os criminosos colocaram o dono do Prisma dentro do porta-malas de seu próprio veículo e o levaram até um viaduto, na direção de Vera Cruz, quando o tiraram do compartimento.

As vítimas ficaram sob a mira de um revólver calibre 32 niquelado e de uma espingarda cano duplo dos criminosos. Um deles, no Prisma, levou a esposa do homem até Santa Cruz do Sul, onde tentariam sacar valores, enquanto o outro ficou com o homem rendido nas imediações do viaduto.

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Chamada de vídeo para mandante

No caminho até Santa Cruz, um dos criminosos mandou a mulher parar em um posto de combustíveis para abastecer o carro. Depois, foram até o mercado Rede Vivo, no Bairro Arroio Grande, onde tentariam sacar valores, mas as duas lotéricas do local estavam com grandes filas e então o assaltante ordenou que fossem até as agências do Banrisul e da Caixa Econômica Federal, onde foi sacado, respectivamente, os valores de R$ 2,6 mil e R$ 2 mil, totalizando R$ 4,6 mil em dinheiro.

Enquanto isso, nas proximidades do viaduto, o outro criminoso, que mirava um revólver para o morador de Encruzilhada do Sul, fez uma chamada de vídeo para um homem que seria o mandante do assalto. Entre conversas relacionadas ao crime, o líder pediu ao subordinado que colocasse a arma na cabeça da vítima. Posteriormente, o outro criminoso retornou com a esposa.

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Após saírem da BR-471 no Prisma, os assaltantes trafegaram com as vítimas por cerca de cinco quilômetros em uma estrada vicinal, até uma área rural, onde foram libertadas. Os bandidos disseram ainda que não era para os dois moradores de Encruzilhada “darem com a língua nos dentes”, e que eles deixariam o carro deles em Rio Pardo ao longo dos próximos dias. Ainda, levaram os celulares do casal.

Investigação avançada

Embora tenha chamado a atenção pela maneira de agir agressiva dos criminosos, o delito registrado em Rio Pardo é uma variação do já tradicional Golpe do Facebrique, que já fez inúmeras vítimas na região. Bandidos monitoram as redes sociais e, a partir de negociação envolvendo veículos, acabam atraindo pessoas até uma cidade para finalizar a transação.

Quando estes chegam, descobrem que não há carro algum e trata-se de um assalto. Como neste caso em Rio Pardo, as negociações geralmente iniciam através de um anúncio no chamado Marketplace, depois passa para uma conversa no Messenger entre o criminoso e a vítima. A sequência é no WhatsApp, onde são ajustados os detalhes da transação.

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Em algumas ocorrências, os golpistas chegam a pedir para que o negociador leve algum valor envolvido em dinheiro vivo para fechar o negócio. Argumentam que não aceitam depósito, pois alegam terem “caído em golpes com recibos frios”. O caso desta terça-feira foi registrado na Delegacia de Polícia de Rio Pardo e está sendo investigado. Uma linha de investigação já está bastante avançada. Depoimento foram tomados e diligências estão sendo realizadas para identificar os autores.

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Guilherme Bica

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Guilherme Bica

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