Regional

Casal descobre oportunidades de viver em uma região que se formou a partir da imigração alemã

Em Linha São Martinho, distante cerca de 36 quilômetros da região central de Santa Cruz do Sul, fica o lar de Gustavo e Alesandra Spengler. O jovem casal construiu o imóvel a partir do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR) intermediado pelo Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares, que contemplou 427 famílias em Santa Cruz, Sinimbu, Vale do Sol e Herveiras.

Para Spengler, a casa construída na propriedade onde vivem seus pais, Eno e Lucila, tem um significado todo especial. Mais do que o teto onde no futuro ele e a esposa pretendem ter um filho, representa uma conquista de seu trabalho na agricultura. “Acordamos cedo, por volta das 6 horas, tomamos café, tiramos leite e seguimos nas atividades da lavoura. É um trabalho que exige bastante, mas dá resultados”, afirma.

LEIA TAMBÉM: Venâncio-airense que escolheu fazer a sucessão lidera a produção de tabaco da família

Publicidade

Mas os resultados a que ele se refere são fruto de sua opção. Aos 31 anos, decidiu que permaneceria vivendo no interior. Nascido na região de Boa Vista, onde os pais moraram por algum tempo, Gustavo Spengler cresceu vendo a família tirar o sustento da terra. Para ele, a colônia tem um sentido muito especial. “Aqui é só trabalhar que os resultados aparecem”, orgulha-se. No seu caso, além da produção de leite para consumo próprio, milho, feijão, mandioca e batatinha, o tabaco é o carro-chefe da propriedade. Aliás, nesta época têm início o preparo e planejamento da próxima safra.

“Quando eu era mais jovem, pensei em largar tudo e ir viver na cidade. Mas agora, depois de adulto, escolhi seguir no interior com a minha família e dar continuidade ao que eles sempre fizeram”, afirma convicto. Seu irmão, Guilherme, decidiu não seguir na agricultura, mas nem por isso se afastou das origens e das tradições deste 25 de julho. Ele trabalha como motorista e também gosta muito do que faz.

Para celebrar as conquistas

Quando fala de sua atividade na área onde viveram alguns dos primeiros imigrantes alemães, Gustavo Spengler ressalta a valorização das tradições. Ele conta que sua vida é tranquila na maioria do tempo. “Mas de vez em quando aparece algum problema para resolver”, conta o rapaz, que não abre mão de auxiliar os pais no cotidiano.

Publicidade

LEIA TAMBÉM: Moradores de Rio Pardinho apostam na cana-de-açúcar e no melado como fonte de renda

Diante dos imprevistos, o jovem agricultor procura manter a calma e buscar o melhor caminho possível. “Sempre temos como fazer algo melhor, mas precisamos trabalhar muito”, reforça. E foi esse trabalho que possibilitou a renda para a construção da casa com o apoio do sindicato. Segundo ele, há cerca de cinco ou seis anos, quando soube do programa de habitação, o primeiro passo foi reunir a documentação necessária e encaminhar o pedido. “Foi um desafio, mas deu tudo certo”, sintetiza. E a superação também veio diante das conquistas. “No começo, eu não tinha quase nada. Com o tempo, fomos conseguindo melhorar de condição e comprar umas coisinhas para ter uma vida melhor”, diz orgulhoso.

LEIA TAMBÉM: Caminho inverso: casal retorna ao campo depois da experiência na cidade

Publicidade

Expediente

Edição
: Dejair Machado (dejair@gazetadosul.com.br)
Textos: Dejair Machado, Marcio Souza, Marisa Lorenzoni e Romar Beling
Diagramação: Rodrigo Sperb

Confira o caderno na íntegra » Dia do Colono e Motorista: data para celebrar tradição, história e trabalho

Quer receber as principais notícias de Santa Cruz do Sul e região direto no seu celular? Entre na nossa comunidade no WhatsApp! O serviço é gratuito e fácil de usar. Basta CLICAR AQUI. Você também pode participar dos grupos de polícia, política, Santa Cruz e Vale do Rio Pardo 📲 Também temos um canal no Telegram! Para acessar, clique em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Publicidade

Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

Share
Published by
Carina Weber

This website uses cookies.