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Casal de Santa Cruz aposta em venda de hortaliças no formato delivery

O avanço da tecnologia e as consequentes mudanças nos hábitos da população obrigam muitas atividades a atualizarem as operações. Com a chegada da pandemia de Covid-19, o distanciamento social e a restrição para funcionamento dos serviços, o casal Luciano Wlach e Érica Abreu teve a ideia de expandir os negócios e implantar um sistema de delivery das hortaliças cultivadas na propriedade da família, que já atendia mercados, restaurantes e feiras rurais. A iniciativa deu tão certo que hoje o número de pedidos supera a capacidade de entrega.

Érica recorda que, no auge da pandemia, com as feiras e restaurantes fechados e as demandas dos mercados em queda, o casal começou a buscar alternativas para comercializar a produção. “Víamos lojas vendendo em lives e nas redes sociais e começamos a pensar se seria possível vender hortaliças por meio da internet.” Eles então criaram uma página no Instagram para divulgar os produtos. “Em um domingo eu vim aqui, tirei umas fotos e comecei a abastecer. Também pedia para eles fazerem outras imagens durante o trabalho”, revela.

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Érica e Luciano tiveram a ideia de criar o serviço diante das restrições da pandemia

Com o catálogo pronto, a divulgação se deu por meio dos clientes da feira rural da Oktoberfest e amigos que compravam e indicavam para outros. “As pessoas começaram a mencionar a página e divulgar em grupos de condomínios. Hoje já temos mais de 900 seguidores”, conta. Érica tem um emprego na cidade e concilia o tempo com a parte técnica do trabalho, que engloba o gerenciamento das redes sociais, anotação dos pedidos e endereços das entregas, que ocorrem de terça a sábado. Ela também ajuda na feira.

A Hortaliças Wlach atende cerca de 400 clientes por meio do delivery. Nem todos são regulares, de modo que as entregas são feitas para 160 a 180 pessoas semanalmente. “Essa rotatividade acaba sendo benéfica, porque se todos os pedidos fossem fixos nós nem conseguiríamos atender”, acrescenta Érica. Às terças e sextas-feiras as entregas são feitas somente em Linha João Alves, quartas e sábados para o Centro e bairros próximos. No Bairro Pedreira, depende da demanda. Conforme o valor do pedido, a entrega é gratuita ou há cobrança de taxa. Por se tratar de um serviço familiar, ainda não contempla todos os bairros de Santa Cruz do Sul.

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Tradição familiar renovada

Luciano conta que os pais são agricultores e feirantes há mais de 40 anos. Com isso, ele foi criado em meio a essas atividades e optou por seguir o mesmo caminho. “Um tempo atrás até pensei em sair, mas está tudo muito difícil. A vida na lavoura não é fácil, mas aqui já tenho tudo para trabalhar.” A rotina, contudo, é árdua. Em alguns dias, o trabalho começa às 4 horas da madrugada. Durante o verão, a irrigação das plantas exige ainda mais empenho e dedicação, mas ele garante que é feliz e o esforço compensa. Desde o início deste ano, o sobrinho Daniel, de 18 anos, também auxilia nas atividades da lavoura.

Para pedir

A lista inclui mais de 40 espécies de frutas, verduras, legumes, hortaliças e temperos. Todos são cultivados pela família Wlach e entregues recém-colhidos aos clientes. “Tudo o que vendemos foi colhido no máximo 24 horas antes. Os nossos clientes sabem que estão adquirindo um produto fresco e da agricultura familiar”, destaca Luciano. Os interessados podem entrar em contato pelos telefones e WhatsApp 99691 6552 ou 99615 9538, também pelo Instagram @hortalicas_wlach.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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