A iniciativa de um jovem casal de Santa Cruz do Sul é um exemplo de sustentabilidade e preocupação com o meio ambiente. Rodolfo Goelzer Júnior e Luiza Ventura separam o lixo reciclável que produzem e também buscam mais nas ruas do Bairro Esmeralda, onde moram, bem como nos locais onde trabalham e outros pontos do município. Todo o material arrecadado é então separado e vendido para uma empresa especializada, com o dinheiro obtido sendo destinado à compra de mudas de árvores que são plantadas no bairro.
Rodolfo conta que eles já plantavam mudas em alguns lugares, como praças e áreas verdes, e a partir disso surgiu a ideia de transformar lixo em árvores. Além do plantio, eles fazem a manutenção para garantir que as plantas tenham o desenvolvimento adequado. “Eu saio pelas ruas mesmo, algumas quadras para baixo e outras para cima, e coleto tudo o que consigo. Faço meu trabalho e depois me dedico a isso nas segundas, quartas e sextas-feiras”, explica.
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Depois que tomaram conhecimento do projeto, alguns vizinhos passaram a auxiliar, mas outros, revela Rodolfo, ainda são resistentes em fazer a separação correta dos resíduos. “No meu trabalho, quando os clientes consomem refrigerante ou água em lata, minhas colegas já separam para me entregar”, acrescenta Luiza, de 22 anos. Sucatas de metal, garrafas pet e latas de alumínio são os materiais mais valorizados, mas a empresa compra também papel, papelão, vidro, sacolas plásticas e muitos outros itens.
A leva que foi vendida ontem estava sendo acumulada desde janeiro. “Eu separo tudo em sacos e vou colocando na garagem. Aí, quando não temos mais espaço, chamo essa empresa e fazemos a venda”, detalha Rodolfo, 33. Com o material todo disposto na calçada antes de ser carregado no caminhão, é possível ter uma noção da quantidade de lixo que se produz e pode ser reciclado, mas muitas vezes a população não dá a devida importância.
“Isso aqui foi tudo tirado do lixo comum, não do que já estava separado e é coletado pela Cooperativa dos Catadores e Recicladores de Santa Cruz (Coomcat), então iria para o aterro sanitário”, frisa o jovem. A grande maioria, lembra, foi retirada de partes do Bairro Esmeralda, que é apenas o oitavo mais populoso de Santa Cruz. Com a venda de ontem, o casal conseguiu R$ 376,29, dinheiro que será somado ao que já havia sido conquistado com a primeira venda e investido na compra, plantio e manutenção de mudas.
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