Entre quarta, 27, e sexta-feira, 29, a casa-exposição “Nem Tão Doce Lar” estará em Santa Cruz do Sul para sensibilizar a sociedade sobre o tema da superação da violência doméstica e familiar. Trata-se de uma exposição itinerante e interativa que leva ao espaço público a representação de uma casa familiar, com pistas que denunciam a violência sofrida por mulheres, crianças, jovens, pessoas idosas, pessoas com deficiência e comunidade LGBTQIAPN+.
A iniciativa é da Fundação Luterana de Diaconia (FLD) e em Santa Cruz do Sul irá ocorrer em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares, Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Prefeitura e o Programa Capa da FLD. A ação mobiliza para a “Campanha 21 Dias de Ativismo” pelo fim do racismo e da violência contra mulheres, que vai até 10 de dezembro.
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A casa-exposição será montada na Casa da Afubra junto ao Parque da Oktoberfest e aberta para visitação pública das 9 horas às 11h30 e das 14 às 17 horas.
Durante a visita, é possível circular por diferentes cômodos da casa, identificar as pistas deixadas nos cenários e, ao final, expor as impressões em uma roda de conversa conduzida por acolhedoras e acolhedores. Há também diversas tarjetas com informações a respeito dos diversos tipos de violência que podem acontecer no ambiente e convívio doméstico e familiar. Desta forma, a exposição sensibiliza, propõe métodos preventivos e incentiva a denúncia.
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Além da casa-exposição, a iniciativa conta com uma Oficina de Formação para pessoas dos equipamentos públicos e organizações da sociedade civil que atuam na defesa de direitos, visando o fortalecimento da rede de apoio do município. A oficina será nesta terça-feira, 26, no Sindicato dos Trabalhadores Rurais (Rua Ramiro Barcelos, 1054 – Centro).
Esta não é a primeira vez que a “Nem Tão Doce Lar” chega a Santa Cruz do Sul. Em 2018, a casa-exposição esteve no município através do projeto Mulher Catadora é Mulher que Luta, realizado pela FLD em parceria com o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR). No Rio Grande do Sul, a iniciativa já percorreu mais de 35 cidades.
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Sobre a “Nem Tão Doce Lar”
A “Nem Tão Doce Lar” envolve uma metodologia de intervenção coletiva para a superação da violência doméstica e familiar, tema tantas vezes invisibilizado e naturalizado. Além de popularizar o debate, busca atuar pela efetivação de políticas públicas, na constituição de redes de apoio nos municípios e no empoderamento de grupos. O nome faz alusão à citação “Lar doce Lar”, muito comum em casas brasileiras.
A mostra nasceu a partir de uma exposição internacional chamada Rua das Rosas, criada pela antropóloga alemã Una Hombrecher, com o apoio da agência Pão para o Mundo (PPM). A proposta inicial, que tinha ainda uma linguagem europeia, foi apresentada em Porto Alegre, em 2006, durante a 9ª Assembleia do Conselho Mundial de Igrejas (CMI).
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Essa primeira exposição esteve sob a coordenação da FLD, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) e um consórcio de organizações da sociedade civil que atuam denunciando e construindo possibilidades de superação da violência. Posteriormente, a partir de um amplo processo de construção coletiva, a exposição recebeu um enfoque brasileiro.
Serviço:
- O quê: Exposição Nem Tão Doce Lar
- Quando: 27 a 20 de novembro de 2024, das 9 horas às 11h30 e 14 às 17 horas
- Onde: Casa da Afubra junto ao Parque da Oktoberfest
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