Santa Cruz do Sul agora tem um espaço planejado para atender empresários e futuros empreendedores. Fruto de uma parceria entre a Administração Municipal e o Sebrae foi inaugurada na manhã desta sexta-feira, 24, no número 100 da Avenida Independência, a Casa do Empreendedor. O serviço de suporte permanente às micro e pequenas empresas vai funcionar de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h30, sem fechar ao meio-dia.
Além de ser um ponto de referência para o empreendedor, o novo órgão, vinculado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, foi criado com o propósito de reduzir a burocracia na abertura de novos empreendimentos, disponibilizar acesso facilitado às informações, promover qualificação através de cursos e palestras gratuitas, entre outros serviços, melhorando o ambiente de negócios, estimulando a formalização de novas empresas e gerando emprego e renda.
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Com a criação da Casa do Empreendedor, a antiga Central de Alvarás passa a fazer parte da nova estrutura. O local, que possui salas de atendimento e auditório, concentra todas as informações e ferramentas necessárias para auxiliar o contribuinte na abertura da sua empresa, seja ela micro, pequena ou média, bem como nas etapas seguintes, como emissão de notas, renovação de alvarás, emissão de documentos e outros procedimentos.
Para a gerente regional do Sebrae nos Vales do Taquari e Rio Pardo, Liane Beatriz Portantiolo Klein, a inauguração do serviço representa a união entre poder público e empreendedores em um momento crucial para todo o Rio Grande do Sul. “Nesta fase de calamidade, a Casa do Empreendedor tem um significado muito maior. É um momento delicado e precisamos dar todo o suporte aos empreendedores”, disse.
Na avaliação do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, César Cechinato, a inauguração do novo órgão representa um momento marcante para o empreendedorismo no município, ainda mais no contexto da tragédia climática que se abateu sobre o Estado. “No auge da maior crise econômica, Santa Cruz do Sul vai se tornar um destino muito interessante para empreendedores do estado virem se instalar aqui e a Casa do Empreendedor vai ter papel fundamental ao proporcionar assistência aos empreendedores afetados”, frisou.
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Já a prefeita Helena Hermany, ao se pronunciar lembrou das milhares de pessoas que perderam suas casas com as enchentes e ressaltou a simbologia do ato. “Em primeiro lugar, pensar na vida, depois recuperar empresas, empregos e dar dignidade para as pessoas. Nada mais simbólico do que numa época dessas estarmos aqui inaugurando uma casa do empreendedor. Casa de acolhimento, de proteção e de esperança”.
Após os pronunciamentos, junto com as demais autoridades, a prefeita Helena Hermany procedeu ao descerramento da placa inaugural. Prestigiaram a cerimônia vereadores, secretários municipais, servidores da prefeitura, imprensa e lideranças do meio empresarial. Estiveram presentes representantes da Assemp, CDL, Sindilojas, Ajesc, Afubra, Sindicontábil, Unisc, Faculdade Dom Alberto, Ativales, Aprotur, Sindigêneros, Seisc e Senac.
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Resiliência e dinamicidade dão o tom da economia
É em meio aos desafios gerados pela maior tragédia climática que se abateu sobre o Estado que está nascendo a Casa do Empreendedor. Para muitos empreendedores que vinham apresentando baixa competitividade será um momento para se reinventarem, na avaliação do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, César Cechinato.
Segundo ele, até o final de abril, Santa Cruz do Sul tinha uma situação invejável, com uma economia marcada pela resiliência e dinamicidade. “Nos últimos 10 anos fomos a cidade do Rio Grande do Sul que mais instaurou empresas novas entre as 50 maiores em retorno de ICMS, o que mostra a dinamicidade da economia, sem falar das microempresas, Meis e autônimos que apresentaram um resultado igualmente promissor”, afirmou.
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Cechinato acredita que em função do cenário atual de crise, a Casa do Empreendedor terá que ampliar seu alcance, dando todo apoio e assistência aos empreendedores afetados, mas disse esperar que a União também venha em auxílio dos municípios. “Agora, a tragédia está nos gerando desafios terríveis que vão ser enfrentados. Esperamos que o governo federal faça a sua parte e disponibilize os recursos que o estado necessita”, disse.
Em busca de uma nova oportunidade
Nem bem a Casa do empreendedor abriu as portas, dona Liane Gralow, 62 anos, já aguardava pelo atendimento no espaço recém-inaugurado na Avenida Independência, nº 100. Ao saber do funcionamento do novo serviço, a aposentada não pensou duas vezes e decidiu buscar informações para tomar a decisão de abrir o tão sonhado salão de beleza.
Em uma sala anexada à sua residência, no Bairro Schulz, dona Liane pretende montar seu estabelecimento, mas tem receio dos custos para abrir um negócio próprio. “Contribuí com dois salários e hoje ganho só um de aposentadoria, isso é muito pouco, se eu fosse jovem iria embora pra outro país. Hoje eu vim aqui me informar, saber o que eu preciso pra registrar tudo direitinho”, contou.
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Mesmo trabalhando na indústria do fumo por muitos anos, dona Liane sempre cortou e penteou cabelos nas horas vagas e antes da pandemia, já aposentada, trabalhou em salão de terceiros. Agora com sala própria, sem ter que pagar aluguel e com a maior parte dos materiais adquiridos, ela está pronta para realizar o sonho.
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