Um retrato assinado pela santa-cruzense Regina Simonis passou a integrar o acervo da Casa das Artes que leva seu nome. Produzido no início da década de 1930, enquanto ela estudava no Instituto de Belas Artes, em Porto Alegre, reproduz com detalhes o busto de um homem – não identificado – que veste terno e gravata.
A entrega do desenho foi acompanhada pelo sobrinho-neto de Regina, o agricultor Adroaldo Etges, de 60 anos, e a esposa Verônica, de 50 anos. Moradores de Linha Boa Vista, interior de Santa Cruz do Sul, berço da artista, os dois contribuem na preservação do seu legado, recepcionando turistas na propriedade e contando a história da família.
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Etges não descarta que o homem da pintura seja o pai de Regina, Guilherme Simonis. A equipe da instituição pretende fazer a identificação posteriormente. O trabalho fazia parte do acervo da Secretaria Municipal da Cultura (Secult). Após confirmar que se tratava de uma obra de Regina, a equipe da pasta procurou a Associação Pró-Cultura de Santa Cruz para doá-la à Casa das Artes.
Durante a entrega na tarde dessa segunda-feira, 1º, o secretário da Cultura Marcelo Corá enfatizou a importância de a obra ser exposta para o público. “Queremos gerar curiosidade para que essa e outras obras da pintora possam ser estudadas e valorizadas”, afirmou.
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O retrato foi colocado ao lado de outras obras de Regina Simonis expostas no segundo andar da Casa das Artes. No acervo, há mais de 60 trabalhos da artista plástica – que ostentam figuras religiosas, retratos e imagens do cotidiano (flores, animais e paisagens) – produzidos entre a década de 1930 até metade de 1990, quando Regina faleceu.
A Associação Pró-Cultura de Santa Cruz iniciou um movimento para incentivar as doações de trabalhos da santa-cruzense. A entidade foi contemplada com recursos da Lei Paulo Gustavo, que serão utilizados para o registro e catalogação do material do acervo da Casa das Artes.
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Também será realizada uma pesquisa sobre a vida da artista plástica, com levantamento de dados biográficos e documentais. De acordo com a presidente da associação, Carolina Gottert Knies, o acervo futuramente será digitalizado e disponibilizado gratuitamente. “Queremos que mais pessoas tenham acesso às obras e que possam conhecer a história da Regina”, salientou.
Regina Simonis nasceu em 11 de junho de 1900 em Boa Vista, interior de Santa Cruz. Filha de Guilherme e Gertrude Simonis, descendentes de imigrantes alemães, ela dedicou sua vida à carreira de artista plástica e de floricultora. Aos 29 anos, Regina ingressou no Instituto de Belas Artes, em Porto Alegre, para estudar desenho e pintura. Lá, foi aluna dos pintores Francis Pelichek e Libindo Ferrás e produziu obras de retratos e de natureza morta.
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Recebeu o diploma em 1933, sendo a primeira mulher artista de Santa Cruz a se formar no instituto. Seu trabalho demorou a ser reconhecido na cidade natal. Foi graças ao sobrinho, Guido Koehler, que comprou alguns desenhos e pinturas, que ela começou a ganhar visibilidade. Em 1995, um ano antes de falecer, o antigo Banco Pelotense recebeu a denominação Casa das Artes Regina Simonis.
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