Dezenas de pessoas participaram de uma carreata na tarde de domingo, 28, em Santa Cruz do Sul. O grupo, formado em sua maioria por donos de quadras esportivas e proprietários de escolinhas de futebol, contava ainda com empresários do ramo de festas e de escolas de idiomas.
Segundo os organizadores, o objetivo do ato, batizado de “100 dias sem poder trabalhar”, era protestar contra as medidas de isolamento social adotadas no município que impedem que quadras de esportes e outros setores funcionem, o que afeta a receita dos negócios. “Queremos mostrar às autoridades que tem muita gente parada há mais de 100 dias, sem renda nenhuma, em virtude dos protocolos que restringem vários segmentos. Queremos que isso seja avaliado, assim como prefeitos de outros municípios já fizeram”, comentou Paula Breunig, proprietária de uma quadra de futebol.
“Tentamos de todos os jeitos conversar e não fomos atendidos”, complementou Jurandir André Steil, também dono de um campo esportivo. “No fim de abril, chegaram a marcar uma reunião, mas cancelaram em cima da hora”, ressaltou Henrique Panke, empresário do ramo esportivo.
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Clandestinos
Ainda que os campos e quadras esportivas não possam funcionar em Santa Cruz do Sul, os organizadores da carreata afirmam que em diversos locais as atividades vêm acontecendo, porém de forma clandestina, sem autorização. “O esporte não parou de acontecer em nenhum momento. Ele segue de forma clandestina, e nós que temos empresa, pagamos imposto, temos funcionários, não podemos”, ressaltou Paula Breunig. “Queremos as quadras mesmo sem cozinha e copa funcionando. Que as pessoas só entrassem e jogassem, direto no campo, com intervalos. Fizemos tudo o que é tipo de proposta, mas não aceitaram nenhuma”, salientou Jurandir André Stein.
Após a concentração em frente ao portão da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), por volta das 16 horas, o grupo, com cerca de 100 veículos, deslocou o buzinaço em direção ao Centro, passando ainda pelas ruas Boa Esperança, Gaspar Silveira Martins, Ramiro Barcelos, até a Marechal Floriano, onde passaram em frente ao Palacinho e dispersaram.
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