Quem passou pelo centro de Santa Cruz do Sul no fim da manhã de sábado não pôde deixar de notar os carros com som que homenageavam um dos santos com mais devotos no Brasil, o São Jorge. Era a 21ª Carreata de São Jorge Guerreiro, realizada pelo Templo de Umbanda Pai Ogum Beira-Mar e Mãe Oxum, que passou por diversos locais, entre eles os bairros Arroio Grande e Centro. Celebrado em 23 de abril, o santo é considerado o protetor dos soldados, militares, ferramenteiros e ferroviários.
No sábado, a programação teve início às 6 horas com alvorada festiva e café da manhã. Após a carreata, os devotos participaram de um almoço. A sessão mediúnica que ocorreu à noite foi modificada devido ao temporal que atingiu Santa Cruz no início da tarde de sábado. Em contato com a Gazeta do Sul, o babalorixá Pai Antônio de Ogum, dirigente espiritual, explicou que o templo se reuniu em oração pelos atingidos. Após, todos participaram de um jantar.
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Segundo Pai Antônio, a carreata tinha como objetivo fazer um pedido de paz para o mundo e o fim das guerras, sejam espirituais ou materiais. Os devotos também pediram por proteção. “Vamos buscar a paz e vamos oferecê-la. Não adianta eu querer oferecer o que eu não tenho”, disse.
Pai Antônio também citou a pluralidade de religiões que homenageiam o santo, que para os umbandistas e candomblecistas é chamado de Ogum. “O São Jorge está em todas as religiões, ele é de todos nós”, declarou.
A carreata reuniu dezenas de pessoas. Uma delas era Eduardo Henz, de 22 anos. O metalúrgico estava acompanhado da filha Isabella Henz, de 5 anos. Foi a terceira vez que Eduardo participou do evento. “É uma homenagem muito bonita ao pai da casa que nos guarda todo ano”, ressaltou. Devoto há pelo menos três anos, contou que sentiu a presença de Ogum em sua vida após o nascimento da filha, fruto de uma gestação de risco. “É a nossa força, o que nos faz manter a fé todos os dias.”
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Assíduo no templo há vários anos, Sérgio Martins, de 58 anos, teve uma grata surpresa nessa carreata. Através de Mãe Lurdes, o autônomo foi convidado a dirigir o carro que levava a imagem de São Jorge pelas ruas. Sérgio não escondia a felicidade pelo momento. “Foi um presente do Pai Ogum, fiquei muito alegre.”
De acordo com ele, a vida religiosa não pode ser baseada apenas em pedir, mas também em demonstrações de fé. “Já fiz vários pedidos, mas dessa vez aceitei de coração colaborar e estou muito agradecido.”
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