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Carpa-capim e tilápia estão entre os mais procurados para a Sexta-feira Santa

A Sexta-Feira Santa, data em que tradicionalmente não se come carne vermelha, pois ela é substituída por proteína que tem como base o peixe, gerou movimento para a compra de pescado em diversos estabelecimentos que vendem o produto e também nas feiras rurais de Santa Cruz do Sul.

Muitos dos consumidores que deixaram a compra para a última hora, além de enfrentar filas, tiveram que se contentar com as opções que ainda restaram. Na Feira Rural do Centro, nas proximidades do Fórum, o movimento nessa quinta-feira, 1º, era intenso.

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Entre as opções mais procuradas estavam a carpa-capim, o filé e a manta. No menu dos santa-cruzenses na Semana Santa, o filé de tilápia também está entre os preferidos. O piscicultor Edson Daniel Schuck, que integra a Associação Santa-cruzense dos Produtores de Peixe (ASPP), comentou que desde semana passada, quando começou a venda, até essa quinta, a procura foi crescente.

“Muita gente que conseguiu se programar comprou antes, mas a maioria vem no dia que antecede a data. E algumas espécies acabam antes, como a traíra e os peixes inteiros. Pretendemos zerar o estoque de três toneladas, entre peixes inteiros, mantas e filés”, destacou.

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Até o meio-dia dessa quinta-feira, Schuck, que possui banca nas feiras do Centro e do Arroio Grande, havia comercializado cerca de duas toneladas de pescado. Sobre os preços dos produtos, acrescenta que não subiram tanto em comparação com o ano passado.

“Foi apenas um reajuste. A estiagem dificultou bastante a criação, e muitos produtores enfrentaram problemas para produzir, diferente de anos anteriores. Os custos de produção, como o preço da ração da carpa e o cultivo da pastagem, aumentaram bastante”, esclareceu.

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Ao gosto de cada consumidor

Após quase dois meses somente em casa, nessa quinta chegou o momento de o aposentado Acenor José da Silva, de 70 anos, que reside no Bairro Bonfim, sair para escolher o peixe que será consumido pela família na refeição desta sexta-feira.

A preferência dele é a carpa-capim inteira, para assar na grelha. Como não encontrou, contentou-se em levar para casa três quilos de carpa em pedaços, para fazer de forma frita. “Eu sempre venho até a feira. O peixe daqui, embora seja congelado, é um produto bem fresquinho”, comentou.

O filé de carpa-capim também foi o escolhido por Léa Terezinha Loureiro e pelo marido Arvino Ristoff, que residem no Bairro Esmeralda. Segundo Léa, o peixe também será saboreado frito. “Gostamos muito desse peixe, e na nossa mesa é certo que haverá ele, até pela relação custo-benefício. Ele é ótimo. E na Sexta-Feira Santa peixe não pode faltar, é uma tradição”, explicou.

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Na feira ainda estava o caminhoneiro Everton Ernst, de 33 anos, que reside no Bairro Carlota e foi garantir o pescado. Ele levou uma porção de filé de tilápia para fazer frito, mas enfatizou que a preferência é por traíra. “Cheguei de viagem há pouco e, como a gente é brasileiro e deixa tudo para a última hora, procurei por traíra em vários estabelecimentos e não encontrei. Para não ficar sem peixe, estou levando a tilápia, que a esposa vai fazer frita”, salientou.

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Léa e o marido Arvino Ristoff também estiveram na feira para garantir a refeição
Everton Ernst gosta de saborear a traíra, mas levou uma porção de tilápia para fazer frita

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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Naiara Silveira

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