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Carnaval terá campanha de prevenção à Aids no Rio Grande do Sul

Com o slogan “Ô, abre alas, mas não deixa a Aids passar”, a campanha digital da Secretaria Estadual da Saúde (SES) visando à prevenção ao HIV/Aids no carnaval 2023 passa a circular nas redes sociais nesta quarta-feira, 8. Além de cards coloridos e festivos, a campanha contempla vídeos informativos que serão veiculados nas mídias digitais a partir desta quinta-feira, 9.

“A prevenção ao HIV/Aids tem que acontecer o ano todo, mas no carnaval intensificamos as ações porque as pessoas ficam mais expostas devido ao clima de festa e divertimento, então é preciso fazer esse alerta pontual”, afirma a médica sanitarista Leticia Ikeda, do Hospital Sanatório Partenon (SES), referência no atendimento a pessoas com HIV/Aids e Tuberculose no Estado.

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Alertar a população sobre a necessidade de prevenção durante o carnaval é necessário porque a epidemia no Rio Grande do Sul ainda está em uma situação crítica, apesar da redução dos números de registros da infecção nos últimos anos. De acordo com Leticia Ikeda, a taxa de incidência de novos casos se caracteriza como uma epidemia generalizada onde o percentual de pessoas infectadas está acima de 1%. “Este cenário é o mais desfavorável do ponto de vista epidemiológico, e é neste sentido que a gente tem impulsionado nossas ações de prevenção em todo o território para que se chegue a um lugar melhor do que este que a gente tem hoje nesta epidemia de Aids”.

Diagnóstico e tratamento

Em todo o Estado existem serviços municipais e de referências, habilitados para diagnóstico e tratamento. As pessoas devem procurar a unidade de saúde mais próxima de casa para ter informação e acesso aos preservativos que o SUS disponibiliza nos 497 municípios. Os preservativos são gratuitos e podem ser retirados em todo território do Rio Grande do Sul. A SES é responsável pela logística de distribuição dos preservativos recebidos do Ministério da Saúde a todos os municípios gaúchos.

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Existem, ainda, dois tipos de tratamentos preventivos por meio de comprimidos que podem ser acessados no SUS: Profilaxia pré-Exposição (PrEP), para pessoas que sabem que podem correr o risco de contaminação, e a Profilaxia pós-Exposição (PEP) para pessoas que estiveram em uma situação de provável contaminação nas últimas 72 horas.

Leticia Ikeda explica que as pessoas podem ter o vírus HIV, mas não necessariamente desenvolverem a Aids, que é a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, doença causada pelo vírus HIV. “Hoje toda pessoa diagnosticada quando entra em tratamento já inibe a manifestação do vírus, por isso a importância da testagem”, avalia.

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Ela ressalta que além do uso dos preservativos, é importante que as pessoas realizem testagem para o HIV. “A pessoa sabendo que tem o vírus, vai ser tratada, e a pessoa tratada fica com carga viral indetectável, não transmitindo mais o vírus. Portanto, hoje, a gente sabe que tratar quem tem o vírus é prevenção também.”

Com relação ao período carnavalesco, Letícia mais uma vez destaca a importância da proteção. “Aproveitem o carnaval, mas não esqueçam de usar camisinhas”.

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Heloísa Corrêa

Heloisa Corrêa nasceu em 9 de junho de 1993, em Candelária, no Rio Grande do Sul. Tem formação técnica em magistério e graduação em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo. Trabalha em redações jornalísticas desde 2013, passando por cargos como estagiária, repórter e coordenadora de redação. Entre 2018 e 2019, teve experiência com Marketing de Conteúdo. Desde 2021, trabalha na Gazeta Grupo de Comunicações, com foco no Portal Gaz. Nessa unidade, desde fevereiro de 2023, atua como editora-executiva.

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