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Carnaval à tardinha

O Bailinho de Carnaval, agendado para o próximo sábado, às 17 horas, na Rua Borges de Medeiros, lembra os primeiros carnavais de rua que aconteciam em Santa Cruz do Sul. Uma das semelhanças é que os festejos eram no final da tarde, assim como será no sábado.

O jornal Kolonie registra bailes de Carnaval em Santa Cruz já em 1896. Mas as brincadeiras de rua só começaram por volta de 1900, iniciativa dos blocos Bam-Bam-Bam, Filhos do Inferno e Turunas. 

Eles desfilavam acompanhados de músicos com violões, violinos e instrumentos de sopro. Eram orquestras que, depois da passagem pela rua, animavam os bailes nos clubes.

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Como a iluminação pública era precária (só com lampiões), os desfiles aconteciam no Centro por volta das 17 horas, para aproveitar luz do dia. Assim, o público podia observar melhor as fantasias, as máscaras e os conhecidos que integravam os blocos.

Os carros alegóricos eram puxados por cavalos e calhambeques, que passavam ornamentados com panos coloridos. Ocorriam muitas brincadeiras e todo mundo dava boas gargalhadas.

No começo, os blocos eram formados só por homens, pois as mulheres preferiam os bailes de salão. Com o tempo, elas deixaram a timidez de lado e foram desfilar (a contragosto de muitas famílias).

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Os desfiles entraram em nova fase a partir de 1923 com fundação da SCB União (Uniãozinho), que vinha pela Rua Júlio de Castilhos até o Centro. Ela contava com ritmistas, dando origem às escolas de samba.

A escola do União chamava-se Vagalumes do Amor (hoje Acadêmicos). A extinta Sociedade Guarani tinha o bloco Indios Tabajara. Havia ainda o bloco independente Filhos da Lua. 

As novas escolas contavam com personagens chamadas de remelexo. Elas saíam com bonecas de pano e faziam brincadeiras com o público. O mais conhecido era Osvaldo Rodrigues, apelidado de Borboleta.

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Pesquisa: Arquivo da Gazeta do Sul

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