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ENTREVISTA

Carlão diz que ouvirá entidades e quer colocar CCs por qualificação em seu governo

Foto: Tuanny Giovanella

Candidato Carlão destacou sua experiência como vereador e secretário de Saúde

O terceiro entrevistado desta semana entre os prefeituráveis de Santa Cruz do Sul foi o representante do Novo, Francisco Carlos Smidt. Vereador em sétimo mandato, apresentou medidas que seriam as primeiras em um eventual mandato no Palacinho. Entre elas está o convite para aproximação com entidades representativas do município para colaborarem com sugestões de ações que melhorem o dia a dia dos cidadãos santa-cruzenses. Carlão falou durante 40 minutos com o jornalista Ronaldo Falkenback.

Acompanhado de sua vice, Anette Schiemann (Novo), o candidato reforçou sua experiência como vereador, tendo assumido a presidência da Câmara; como secretário de Saúde e como prefeito durante 11 dias, quando do falecimento de Telmo Kirst. Foi nesse período, orgulha-se, que encontrou uma forma de fazer com que o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) tivesse peso menor no orçamento dos contribuintes.

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Carlão também destacou o fato de que o Novo concorre em chapa pura, sem outros apoiadores, o que evita eventual loteamento de cargos para agradar a representantes de partidos. “Nosso governo terá CCs [cargos em comissão], mas que estarão lá por qualificação e não indicação política, assim como a escolha dos secretários municipais. Nosso partido concorre sozinho, então não precisamos ficar loteando o governo”, adiantou o candidato.

Não deixou de responder, indiretamente, à pergunta feita pelo candidato a vice de Helena Hermany (PP), Fabiano Dupont (PSB), durante o debate dos vices realizado pela Gazeta Grupo de Comunicações no dia 18. “Vi que o vice-prefeito da Helena perguntou três ações que o Carlão realizou na Saúde. Deve fazer essa pergunta à comunidade. Uma senhora falou para a Anette que esse senhor não amarra um pé da chuteira do Carlão”, alfinetou.

O que ele disse

  • POSSÍVEL DESISTÊNCIA
    “É um bom sinal. É sinal de que estão preocupados conosco. Desde o início da campanha temos recebido incentivo, de todas as formas. Me disse uma senhora que toda a sua família iria nos apoiar, mas que tinham receio que de iríamos desistir e apoiar o Sérgio [Moraes], Isso é completamente inverídico. Não tem nenhuma possibilidade. Bem pelo contrário. Estamos cada vez mais conscientes e contentes com o apoio que recebemos. E eleição se decide é na urna eletrônica, no voto, não em pesquisa, embora se respeite. Pelo que sentimos na rua, a nossa possibilidade de vitória é real. Sobre o apoio a um ou outro candidato, são possibilidades infundadas. Não vamos virar as costas para a comunidade. Estamos à disposição e queremos continuar servindo. E vamos servir à comunidade a partir de 1o de janeiro do ano que vem.”
  • SAÚDE
    A primeira questão é a empatia e o respeito com a comunidade. Passaram-se mais de 20 anos que assumimos a secretaria. Uma das questões que mais trabalhávamos era o respeito, porque a ampla maioria das demandas é atendida nas Unidades Básicas de Saúde; naquela época, eram mais de 3 mil por dia. Fazia reunião quinzenal para pedir às coordenações para que falassem com os servidores para acolherem as pessoas que vinham ser atendidas com carinho e afeto. Tínhamos uma equipe muito unida para atender da melhor forma, para não faltar médico, e os exames serem feitos com certa celeridade. Não raras vezes vinham médicos de Santa Maria e Encruzilhada do Sul, de ônibus, inclusive, para atender naquele prédio do INSS.
    Vi que o vice-prefeito da Helena [Hermany] perguntou três ações que o Carlão realizou na Saúde. Deve fazer essa pergunta à comunidade. Uma senhora falou com a Anette, em uma caminhada, e disse que esse senhor não amarra um pé da chuteira do Carlão. Fomos o único secretário que ficou quatro anos. Tem pessoas que ficaram dois, três meses, como ele, e se dizem secretário da Saúde. Não é menosprezo, mas uma coisa é ficar quatro anos e ser lembrado 20 anos depois.
  • REGULAÇÃO NA SAÚDE
    Penso que se deve ir atrás de soluções para a gestão plena. Não me conformo com a dependência do Estado para fazer cirurgia simples. Podemos ir no Ministério Público e dizer que temos relação de pessoas da nossa comunidade que se não forem atendidas, vão morrer. ‘Eu tenho recursos para isso e preciso do seu apoio para resolver.’ Você acha que o promotor não iria se sensibilizar? Fizemos ‘n’ vezes, quando secretário. Muitas vezes nos socorremos ao MP. Um programa que instituímos foi o Saúde em sua Casa, para o qual tínhamos três, quatro médicos atendendo ao mesmo tempo, quando não havia convênio com o Hospital Santa Cruz, nem o Samu. Não raramente chegavam pessoas com mais de 80 anos com problemas, que iam até a unidade, mas invertemos, montamos equipe com médico, enfermeira, técnica de enfermagem e passamos a atender na própria residência. Vamos manter esse programa e ampliar, inclusive no interior. Serão duas equipes para atender na sua casa e outra para o interior.
  • GRANDE OBRA
    Importante deixar claro que falamos de um orçamento que vai ser elaborado pelo governo atual. Muitas vezes, sem menosprezo às obras físicas, que são importantes, a grande obra é resolver o problema de saúde crítico, é ter vaga na Educação Infantil, porque a mãe pode perder o emprego por não ter creche para o filho. Muitas vezes, a grande obra é resolver o problema de canalização na frente da casa, que a pessoa não consegue entrar com o carro na garagem. Esses atendimentos devem ser realizados e não pode ter uma celeuma para resolução. Deve contribuir em serviço e agilidade, através de quem está comigo e sabe tudo de tecnologia [a vice Anette].
    Aprovei financiamento na Câmara, de R$ 1,8 milhão, para tecnologia na Prefeitura. Pelo que sabemos, foi investido 15%, 20% desse valor. Para ter um exemplo da necessidade da digitalização, as farmácias precisam renovar o alvará anualmente. Daí, uns dois meses antes, o proprietário encaminha para a Prefeitura; a Vigilância Sanitária tem que ir lá, mas com equipe pequena acaba não indo – para atender a comunidade é pequena, mas os CCs, para ficar ‘mamando’ nas tetas da Prefeitura, são muitos, para formar a questão do apoio político. Isso vamos inverter com o partido Novo. Passa esse prazo e ela [farmácia] não consegue mais comprar medicamentos controlados. Ela deixa de vender, pode perder clientes. Esse documento pode ser emitido eletronicamente, e no momento em que a Vigilância tiver condições, até porque esse estabelecimento já está operando. O ente público deve atender a comunidade. Se não atrapalhar, já é uma grande coisa.”
  • ENTIDADE
    Presidente da Assemp, Ricardo Bartz, perguntou: “Como entende que as entidades podem contribuir para o desenvolvimento da cidade e como pretendem firmar parcerias para melhorar a área econômica, o turismo e o social?”
    “Estivemos na segunda-feira na Assemp para responder a essa pergunta. Queremos que a Assemp e as entidades continuem fazendo o que fazem. É um patrimônio, uma riqueza que pouquíssimos municípios têm, a contribuição do empresariado de Santa Cruz. Temos que nos lembrar de Armando Wink, que foi criador da Oktoberfest, com Ademir Müller, e a Assemp surgiu em função da Oktober. Tivemos a cada ano uma festa mais qualificada, que não é uma festa para tomar cerveja, é uma festa familiar. Eles fazem voluntariamente essa atividade, e uma festa como essa não se faz de uma hora para outra, é de um ano. E na forma de contribuição em outras áreas, do comércio, da tecnologia, continuar fazendo.
    Na área imobiliária, fui visitar o evento no Parque da Oktober e era um show para os olhos. No turismo, vamos apoiar a Aturvarp e podemos apoiar o nosso interior, que é riquíssimo, mas é evidente que há necessidade de ter via asfaltada. Não adianta colocar atividade no interior se não tem como chegar lá. Vamos dar todo o suporte necessário.
  • CARGA TRIBUTÁRIA
    Há espaço para redução. Não tem como afirmar o percentual, mas esta é uma linha do partido Novo: diminuir a carga tributária em cima do contribuinte. Naquela oportunidade [quando foi prefeito], além de reduzir o valor do IPTU, o então prefeito Telmo havia publicado na Gazeta o percentual de correção do valor venal. Mas como ele faleceu, não conseguiu assinar. Na Câmara defendia que não poderia ter o aumento, mas olhando o Código Tributário, vimos que deveria ser obrigatoriamente corrigido por índice inflacionário. Ele havia pego índice menor, eu peguei ainda menor e ainda aumentei o desconto.

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