Centro-Serra

Captação da água da chuva contribui com o meio ambiente e o bolso

Em épocas de estiagem, ter uma garantia de água faz toda diferença. Há aproximadamente cinco anos, o aposentado Lourivaldo Afonso Wendt teve a iniciativa de construir um sistema de captação da água da chuva em sua residência, no centro de Arroio do Tigre. Desde então, nas quatro estações do ano uma caixa d’água de 7 mil litros está disponível para algumas atividades na propriedade. Além de ser um equipamento que contribui financeiramente, reduzindo o valor da conta de água, o principal impacto está em sua colaboração com a sustentabilidade.

Nascido e criado no interior, Wendt recorda de ter sempre água a disposição, com cisterna em casa e também de como seu pai lhe ensinava sobre a necessidade de proteger as nascentes. Neste sentido, teve ainda a oportunidade de participar da fundação da Sociedade de Tomadores de Água de Vila Progresso, o que possibilitou benefícios à comunidade.

No sistema implementado por Lourivaldo em sua residência, a água da chuva, que escorre pelo telhado, migra para as calhas que foram propositalmente direcionadas a uma tubulação levando para a caixa-reservatório. A primeira coleta de água é descartada e o demais é direcionado para a irrigação da horta e jardim, descargas de vaso sanitário, máquina de lavar roupas, limpeza de pisos e áreas externas, além de auxiliar na refrigeração de sua produção caseira de cerveja. “O telhado é grande, então pensamos em reaproveitar a água. Na época procurei na internet e foi sendo feito. Hoje faria um investimento em uma caixa até maior, com mais capacidade. Com esta chuva da última semana ela encheu”, frisa.

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O aposentado indica que toda residência poderia implementar o sistema de coleta e aproveitamento da água da chuva. “Quem tiver a possibilidade, faça sua parte. É preciso cuidar dos recursos, reaproveitar, também proteger as fontes. Não podemos pagar o preço do desperdício. Agora a gente tem energia elétrica sobrando, água o suficiente, é uma maravilha”, ressalta.

Além do sistema de cisterna, Wendt investiu na colocação de placas solares e o retorno também já chegou. “Meu pai sempre teve energia elétrica na Paleta. Ele possuía um moinho, então tinha uma pequena hidrelétrica. Então a luz elétrica sempre teve, e de graça. Quando veio as placas solares, fui um dos primeiros também aqui no município. Em 5 anos já se pagaram e aumentei de 10 para 17 placas. São gerados em torno de 700kW/mês, e sempre tem em crédito, porque no verão produz mais”, detalha.

No Rio Grande do Sul mais de 250 municípios já decretaram situação de emergência em razão da estiagem. Além de afetar a agricultura e pecuária, o consumo humano e a dessedentação animal também já sofrem com a falta de boas precipitações pluviométricas. A situação se repete há pelo menos três anos. Cisternas e outros sistemas de armazenamento podem auxiliar na redução dos impactos e contribuir com a preservação do meio ambiente.

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Nathana Redin

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Nathana Redin

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