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Educação

Capes diz que orçamento previsto para 2019 só paga bolsas até agosto

O Conselho Superior da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) enviou nota ao Ministério da Educação alertando que, se for mantido o orçamento previsto para o órgão em 2019, haverá a suspensão das bolsas de pós-graduação e de programas de formação de professores no mês de agosto.

O Projeto de Lei Orçamentária Anual para 2019 ainda não foi divulgado oficialmente pelo governo federal. O prazo para envio ao Congresso termina em 31 de agosto próximo. No documento, enviado nessa quarta-feira, 1º, o conselho pede ao ministro Rossieli Soares da Silva que defenda o orçamento da pasta, que estaria ameaçado.

De acordo com a nota, assinado pelo presidente do órgão, Abílio Neves, “foi repassado à Capes um teto limitando seu orçamento para 2019 que representa um corte significativo em relação ao próprio orçamento de 2018, fixando um patamar muito inferior ao estabelecido pela LDO”.

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Em razão da insuficiência de recursos, poderá haver suspensão das bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado a partir de agosto de 2019, afetando 93 mil estudantes e pesquisadores. A interrupção dos repasses, no mesmo mês, para os programas de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), de Residência Pedagógica e de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor) atingiria 105 mil bolsistas.

De acordo com o ofício, haveria consequências também para o Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) e o programa de mestrado profissional para professores da Rede Pública de Educação Básica (ProEB). Mantido o orçamento destinado à Capes, em agosto do ano que vem deixariam de receber 245 mil beneficiados, entre alunos e bolsistas.

A Agência Brasil entrou em contato com a Capes, que confirmou que a nota trata do orçamento do ano de 2019, mas não detalhou quais seriam os valores. A reportagem contatou o Ministério da Educação. A assessoria da pasta respondeu: ” Não é o MEC quem define orçamento do governo federal. O Ministério do Planejamento que envia os limites para os órgãos do governo federal”. A agência então enviou questionamento ao Ministério do Planejamento e aguarda retorno.

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