Após a polêmica que envolveu a saída do Santuário de Schoenstatt da área original, na BR-471, em Santa Cruz do Sul, um grupo de fiéis trabalha para manter o local como um espaço de adoração à Mãe e Rainha Três Vezes Admirável. Graças ao trabalho da comunidade, a área que atualmente abriga a Emei Mãe de Deus manteve a capela, que foi renovada pela Prefeitura e recebe uma extensa programação desde agosto.
A administração da nova capela, rebatizada de Capelinha Mãe e Rainha Três Vezes Admirável, foi repassada para a Associação de Projeto Educacional e Social para Crianças e Adolescentes (Aesca), que coopera com a Associação Mãe e Rainha. Assim, os fiéis que se mobilizaram pela manutenção da estrutura conseguem preservar o espaço abençoado pelo padre José Kentenich, fundador do Movimento Apostólico de Schoenstatt. O santuário que existia na BR-471 será instalado em um terreno localizado no Bairro Goiás.
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Integrante da Associação Mãe e Rainha, Noeli Falleiro destaca que o grupo lamentou a mudança, mas lembra que o ambiente mantém a importância desde a inauguração, em dezembro de 1977. “Sempre vai ser um lugar abençoado e sagrado, e dali vão sempre jorrar graças. O sentimento que a gente tem por aquele lugar não mudou em nada. Apesar de a capela não ter as janelas e a porta originais, a tranquilidade e conforto que sentimos ali é inexplicável”, diz. Segundo Noeli, desde que foi reaberta a visitação à capela, em agosto, mais de 300 pessoas já foram ao local, que funciona de segunda a sexta-feira, das 7 horas às 18 horas, sem fechar ao meio-dia.
Além de manter uma programação de celebrações na capela, a Associação Mãe e Rainha quer ampliar a atuação social, trabalhando com as crianças que frequentam a Emei Mãe de Deus e realizando ações sociais com a comunidade no entorno, como faziam as irmãs na época da inauguração do Santuário de Schoenstatt em Santa Cruz. Noeli conta que a cada segunda quarta-feira do mês é realizada a cerimônia do terço do quilo, na qual os fiéis levam alimentos que serão revertidos para doação. Em outubro, essa atividade será substituída pelo terço do brinquedo, em uma campanha especial para o Dia da Criança.
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Objetivo é preservar a memória do local
Integrante do Movimento de Schoenstatt e presidente da Associação Mãe e Rainha, o advogado Ruy Kaercher frisa que a capela foi o lugar onde o movimento de Schoenstatt da época canalizou forças, orações e sacrifícios para a construção material e espiritual. “Nós apenas fizemos um esforço para manter o local em respeito a centenas de pessoas que doaram não só recursos materiais, mas sobretudo contribuições ao ‘capital de graças’ da Mãe e Rainha. Respeitamos a memória que nossos antecessores construíram, e vamos nos esforçar para mantê-la viva. A capelinha pertence à comunidade.”
Para Noeli Falleiro, a continuação dos trabalhos no espaço é sinal de uma “intervenção divina” e representa uma vitória da comunidade, mesmo após a mudança do Santuário de Schoenstatt original. “Eu considero uma vitória desse pequeno grupo que se mexeu e se manifestou pela permanência do santuário, e foi ganhando adesões. Achávamos que iam demolir a capela. A Mãe tomou a providência de fazer do jeito que está agora e manter o local lá. Estamos muito gratos por isso”, afirmou.
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