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TRIBUNA

Cano enterrado não dá voto

Quem atua na política há bastante tempo certamente já ouviu a expressão “Cano enterrado não dá voto”. Na prática, refere-se ao fato de que projetos de saneamento representam amplo investimento, mas não são vistos pelos eleitores, pois ficam escondidos. Assim, fica difícil mostrar para colher dividendos eleitorais.

As catástrofes naturais registradas no Rio Grande do Sul nos últimos anos exigem que esse pensamento deixe de ser realidade, que os administradores governem pensando em ações a serem implantadas dentro de quatro anos, com repercussões positivas nos anos seguintes. Não dá para continuar com a prática de gerir com foco na próxima eleição. Isso vale para qualquer nível governamental (União, estados e municípios).

As decisões devem ser pensadas para solucionar problemas, prevenir danos e evitar perdas materiais e humanas. Enquanto isso não ocorrer, vamos continuar a chorar nas fatalidades e ver o sorriso amarelo daqueles que transformam a política em profissão, quando deveria ser uma forma de servir ao público.

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Entrevistas esclarecedoras

A série de entrevistas do jornalista Ronaldo Falkenback, na Rádio Gazeta FM 107,9, com os presidentes dos partidos de Santa Cruz do Sul têm sido bastante esclarecedora sobre os rumos que as siglas devem tomar nas eleições de outubro. Enquanto uns são taxativos sobre as posições que devem seguir, outros optam pela linha do “ainda devemos decidir ouvindo as bases”.

O fato é que trabalham em quatro correntes: a manutenção do governo Helena Hermany (Progressistas), que tem conseguido segurar os coligados; a tradicional oposição, liderada por Sérgio Moraes (PL), que tem focado a proximidade com o ex-presidente Jair Bolsonaro; a terceira via, que tem os vereadores Nicole Weber (Podemos) e Carlão Smidt (Novo), com artilharia forte no Legislativo; e o PT de João Pedro Schmidt, que aproveita o bom conceito do presidente Lula em determinadas regiões do município.

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Rompimento em Candelária

Se em Santa Cruz o mapa partidário parece estar definido, em Candelária o que se viu, nessa semana, foi um redesenho que ainda não tem rumos claros. O que se cogitava era a união do Progressistas e do PSB, com Nestor Ellwanger, o Rim, e Paulo Butzge em uma chapa. Os partidos romperam e novas possibilidades ainda não foram anunciadas.

Pluripartidarismo

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O palanque mais multipartidário que se possa imaginar. Assim foi o ato de entrega do maquinário resultado das emendas parlamentares da bancada gaúcha. PT, PP, MDB, PSB, PL, PDT, PSDB, todos citados e garatindo fotografia com prefeitos, também de partidos diversos.

Imagem emblemática

O deputado federal Covatti Filho (Progressistas) foi autor de emendas que direcionaram máquinas para municípios gaúchos e foram entregues, em Santa Cruz do Sul, pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Covatinho, como é conhecido, não conseguiu vir à solenidade, mas foi representado por seu pai, o Covatão (Vilson Covatti). Tradicional político e ainda mais tradicional representante do Progressistas, ele esteve por bastante tempo com a prefeita Helena Hermany, sua correligionária.

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O fotógrafo Rodrigo Assmann, que registrou o evento para a Gazeta do Sul, fez uma foto do Covatão com o ministro Fávaro e Helena. A imagem é curiosa, porque Covatti Filho é noivo de Nicole Weber (Podemos), ferrenha adversária de Helena, do partido da família Covatti.

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