Embora não tenha sido suficiente para aumentar a representação do Vale do Rio Pardo na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal nos próximos quatro anos, o volume de votos direcionados a candidatos diretamente ligados à região disparou na votação do último dia 2, comparado a 2018. Levantamento feito pela Gazeta do Sul com base nos resultados do pleito nos sete principais municípios da região mostra que o percentual de votos para deputado estadual e deputado federal destinados a candidaturas locais foi maior em todos.
Em Santa Cruz do Sul, por exemplo, os postulantes à Assembleia haviam absorvido 40% dos votos na eleição passada, enquanto neste ano o índice chegou a 59%. Já na eleição para a Câmara, a “retenção” saltou de 26% para 42%. Os percentuais foram calculados com base nos votos totais, o que inclui brancos e nulos.
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O aumento se deu mesmo com uma ligeira redução no número de candidaturas locais. Em 2018, eram 23 nomes – sete a deputado federal e 16 a estadual. Já neste ano foram 21 candidatos, dos quais seis a deputado federal e 15 a estadual. O número de eleitos, porém, foi o mesmo: a bancada na Câmara terá dois integrantes – Marcelo Moraes (PL) e Heitor Schuch (PSB), que se reelegeram – e a bancada na Assembleia terá três – Adolfo Brito (Progressistas) e Kelly Moraes (PL) renovaram os mandatos, enquanto Edivilson Brum (MDB) irá estrear na Casa.
Em algumas localidades, a “fuga” de votos para candidatos de outras regiões foi ainda menor. Em Sinimbu, nada menos do que 75% dos votos para deputado estadual foram para nomes locais. Nesse caso, pesou o fato de, além de candidaturas que tradicionalmente encontravam forte apoio no município, como a de Kelly, também ter concorrido o atual vice-prefeito, Jackson Rabuske (PL). Rabuske e Kelly foram, respectivamente, o primeiro e segundo mais votados do pleito – somados, receberam 3.301 votos, o que corresponde a mais de 50% do total.
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A presença de outros nomes fortes da política regional também explica o fenômeno. Entre os candidatos estavam, por exemplo, quatro ex-prefeitos – além de Edivilson, Rafael Barros (PSB), Airton Artus (PDT) e Giovane Wickert (PSB) – e três atuais vereadores – Luís Ruas (PSD), Alberto Heck (PT) e Bruna Molz (Republicanos). Outro fator foi o crescimento da votação do clã Moraes.
Apesar disso, candidatos de fora também tiveram desempenhos expressivos na região. Marcel Van Hattem (Novo), por exemplo, foi o terceiro candidato a deputado federal mais votado em Santa Cruz. Muitos políticos locais, inclusive, apoiaram nomes de outras regiões, o que também ajudou a “expulsar” votos. É o caso da prefeita Helena Hermany (Progressistas), que fez campanha por Marcus Vinicius (Progressistas) para estadual e Pedro Westphalen (Progressistas) para federal. Ambos estiveram entre os dez mais votados no município e foram eleitos.
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*Os percentuais foram calculados com base nos votos totais, ou seja, incluindo nulos e brancos. Fonte: Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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