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ELEIÇÕES 2022

Candidatos ao governo do Estado apresentam propostas em painel promovido pela Federasul

Onyx, Heinze, Leite, Pretto, Bogo, Vieira e Jobim: foram convidados os candidatos cujos partidos têm representação na Assembleia | Foto: Rosi Boni/Federasul

Até essa quarta-feira, 10, a Justiça Eleitoral havia recebido registros de nove candidatos a governador do Rio Grande do Sul, oito candidatos a senador, 388 candidatos a deputado federal e 556 candidatos a deputados estadual. O prazo termina na próxima segunda-feira, 15. A menos de uma semana do início oficial do período eleitoral, o painel promovido nessa quarta pela Federasul, em Porto Alegre, antecipou o que deve ser o tom da disputa pelo governo estadual. Privatizações e dívida com a União estiveram entre os temas que dominaram.

Esse foi o segundo encontro entre os candidatos após o fim das convenções – o primeiro havia sido no debate da Band, ocorrido no último domingo, 7. Desta vez, participaram os sete postulantes cujos partidos têm representação na Assembleia – Edegar Pretto (PT), Eduardo Leite (PSDB), Luis Carlos Heinze (Progressistas), Onyx Lorenzoni (PL), Ricardo Jobim (Novo), Vicente Bogo (PSB) e Vieira da Cunha (PDT).

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Em um dos quatro blocos, eles responderam a perguntas sorteadas na hora sobre temas como educação, infraestrutura, saúde e geração de empregos. Em outro, todos responderam à mesma pergunta sobre como garantir o equilíbrio das contas estaduais. Os outros dois foram dedicados às considerações iniciais e finais.

Sem atacar adversários, Heinze exaltou grandes projetos nos quais trabalhou – como a Ponte Internacional São Borja-Santo Tomé, construída quando era prefeito –, buscando se apresentar como um tocador de obras. Bogo também evitou confrontos e, após se apresentar como “humanista”, fez falas em tom mais sóbrio. Jobim procurou distanciar-se dos demais com críticas reiteradas à política tradicional, afirmando estar “do outro lado do balcão”.

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As manifestações mais duras partiram dos outros quatro candidatos. Tanto Onyx quanto Pretto e Vieira se revezaram em críticas ao governo Leite. Vieira, por exemplo, atacou fortemente as privatizações promovidas pela atual gestão, chegando a chamar de “negócio da China” a venda da CEEE-T, bem como os índices de evasão escolar, assunto que utilizou para marcar a bandeira do partido e a ligação com Leonel Brizola.

Líderes nas pesquisas, Onyx e Leite antagonizaram em diversos momentos, acusando-se mutuamente de fazer afirmações falsas. O candidato do PL referiu-se ao tucano em mais de uma ocasião como “o homem que renunciou ao seu povo”. Leite buscou minimizar as críticas, citando exemplo de outros políticos que também deixaram cargos para concorrer. Ao tomar a palavra, Pretto chamou a troca de farpas entre os colegas de “guerra de bugios”, lembrando que Leite apoiou Jair Bolsonaro em 2018 e o grupo de Onyx integrou o governo do tucano.

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Na tentativa de associarem-se ao debate nacional, Onyx e Pretto sublinharam a todo momento os vínculos com Bolsonaro e Lula, respectivamente. Por sua vez, Leite criticou a polarização e exaltou os feitos da própria gestão – na fala inicial, por exemplo, fez uma prestação de contas tomando como base a pauta entregue pela Federasul aos candidatos em 2018.

O que foi dito pelos candidatos ao governo do Estado

Confira como os candidatos responderam à pergunta sobre equilíbrio fiscal, feita a todos, e às questões sorteadas na hora sobre temas diversos:

Edegar Pretto (PT)

Edegar Pretto (PT)

Afirmou que, para garantir o equilíbrio das contas, é preciso estimular uma resposta positiva da economia atendendo pessoas em situação de vulnerabilidade social para que tenham renda e condições de consumo. Criticou o projeto de privatização da Corsan e defendeu a manutenção do Banrisul público, defendendo que o banco seja “um indutor do desenvolvimento”. Ao responder a uma questão sobre infraestrutura, disse não ter preconceito com concessões de rodovias, mas alegou que os pedágios não podem ser caros para não onerar os usuários. Acrescentou que, se eleito, buscará viabilizar obras federais no Estado.

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Eduardo Leite (PSDB)

Eduardo Leite (PSDB)

Afirmou que as privatizações realizadas na gestão dele envolveram empresas que “estavam quebrando”, como a CEEE-D. Disse ainda que, em um eventual novo governo, o Estado será o primeiro do Brasil a ter “a emissão de nota fiscal como obrigação única para os contribuintes”, dispensando emissão de guias. Questionado sobre inovação, destacou a realização do South Summit no Estado e disse que a área recebeu o maior investimento da história recente, por meio de editais de financiamento para projetos e do Inova RS. Defendeu ainda aportes em educação para formação de mão de obra qualificada.

Luis Carlos Heinze (Progressistas)

Luis Carlos Heinze (Progressistas)

Disse que, se eleito, pretende mobilizar os dirigentes de outros estados para renegociar em conjunto as dívidas com a União. Defendeu ainda a venda de imóveis do Estado e a cobrança da dívida ativa. Embora defenda privatizações, afirmou que as estatais não podem ser vendidas “a preço de banana” e destacou o projeto do novo porto marítimo em Arroio do Sal. Ao responder sobre educação, criticou a demora em reformas de escolas, defendeu que recursos para obras nos educandários sejam repassados às prefeituras de forma mais célere e frisou que pretende estimular projetos no contraturno escolar.

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Onyx Lorenzoni (PL)

Onyx Lorenzoni (PL)

Criticou o acordo que viabilizou a adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Segundo Onyx, pareceres técnicos indicaram que o valor devido à União pode ser a metade do que foi reconhecido pelo Estado. Questionado sobre ICMS, defendeu que o Estado adote uma carga tributária menor para garantir competitividade com outros entes da federação, uma vez que a distância em relação aos grandes centros consumidores impõe uma desvantagem logística.

Ricardo Jobim (Novo)

Ricardo Jobim (Novo)

Criticou disparidades no funcionalismo, defendeu venda de imóveis e a extinção da TVE e da EGR, além de enxugamento da máquina pública, com redução de secretarias. Afirmou que o superávit exaltado pelo atual governo é “baseado em dados ocasionais” e se disse a favor da privatização do Banrisul, com 100% do recurso destinado a um fundo voltado à educação. Questionado sobre geração de empregos, criticou a burocracia e a “complexidade tributária” do Estado. Lembrou que muitas empresas têm vagas em aberto por falta de profissionais qualificados e defendeu ampliação das atividades beneficiadas pela lei de liberdade econômica.

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Vicente Bogo (PSB)

Vicente Bogo (PSB)

Disse que é preciso conter o avanço da dívida e alavancar a receita não por meio de aumento de impostos mas por ampliação da riqueza, oferecendo apoio aos empreendedores. Alegou ser contrário à privatização da Corsan e do Banrisul, criticou o acordo de recuperação fiscal e afirmou que é preciso agir para reverter a carência de mão de obra no setor de TI. Ao responder sobre saúde, disse que investimentos em telemedicina podem ajudar a corrigir a fila de espera por consultas e exames. Afirmou ser possível zerar o passivo em um período de seis meses, por meio de diálogo com hospitais e prefeituras.

Vieira da Cunha (PDT)

Vieira da Cunha (PDT)

Afirmou ter compromisso com equilíbrio e austeridade fiscal, mas se declarou contra privatizações. Criticou duramente a retirada da exigência de plebiscito para venda de estatais e chamou de “escândalo” o fato, de menos de um ano após a venda da CEEE-T por R$ 2,6 bilhões, a empresa vencedora ter distribuído R$ 1,2 bilhão em dividendos para acionistas. Quando questionado sobre eficiência na gestão, focou em educação, criticando os índices de evasão escolar do Estado. Salientou que o governo precisa cumprir a exigência constitucional de aportar 35% do orçamento na área e defendeu investimentos em ensino em tempo integral.

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