Vera Lúcia Salgado, de 54 anos, candidata à Presidência da República pelo Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), visitou Santa Cruz do Sul nesta terça-feira, 30. Durante a passagem dela pelo município, esteve na Gazeta Grupo de Comunicações, junto a uma comitiva do partido, e concedeu entrevista à Rádio Gazeta 107,9.
Essa foi a segunda passagem de Vera Lúcia por Santa Cruz – a primeira aconteceu em 2018. A candidata, que é natural de Inajá, município de Pernambuco, salientou que é uma mulher do povo. “Sou uma pessoa comum, negra, trabalhadora, costureira de sapatos, graduada em Ciências Sociais. Na minha chapa, como vice, tem uma indígena, a Raquel Tremembé. Expressamos a maioria da população porque somos negras, casadas, mães trabalhadoras e até já sou avó.”
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De acordo com Vera, a chapa do PSTU tem um olhar diferenciado para os trabalhadores. “Diante do caos da fome, do desemprego, da degradação da natureza, dos elementos de barbárie que vivemos no país com o sistema capitalista, achamos que é uma necessidade apresentar nossas candidaturas e nosso programa para a classe trabalhadora brasileira.”
A candidata a ocupar a vaga no Palácio do Planalto ressaltou que o Brasil vive uma polarização com dois candidatos à presidência. “É nefasto para nós. O presidente do Brasil que também é candidato e mais o que já foi presidente, ficam ambos polarizando, mas de concreto não apresentam um programa que responda às nossas necessidades, temos milhões de trabalhadores que passam fome”, observou.
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Para resolver o problema da desigualdade, segundo Vera Lúcia, é necessário parar de destinar o pagamento a bancos. “Precisamos desse dinheiro para aumentar o salário mínimo e garantir que todos os desempregados tenham esse salário até entrar no mercado de trabalho.”
Durante a entrevista, Vera Lúcia criticou a direita brasileira, mas destacou que mesmo que o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), Luís Inácio Lula da Silva, vença as eleições, a classe trabalhadora não sairá ganhando. “A vitória da nossa classe consiste em ter comida, ter casa para morar. São mais de seis milhões de mulheres negras, pobres e indígenas que vivem essa realidade. A reforma trabalhista e previdenciária atacou os direitos da classe trabalhadora, atacaram nossos direitos e nós precisamos revogar.”
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A política também defendeu que a Petrobras volte a ser totalmente estatal, mas controlada pelos petroleiros, com o objetivo que a empresa deixe “de ser fonte de corrupção e apadrinhamento dos que são do governo”. De acordo com Vera, nas condições que a Petrobras está atualmente, se o petróleo fosse produzido e refinado no país, haveria redução nos valores da gasolina, do diesel e do gás de cozinha.
Conforme Vera, para garantir a governabilidade e aplicação do projeto, o PSTU está estimulando a organização dos conselhos populares, que poderá decidir desde o planejamento à execução. “É o conjunto da classe trabalhadora, da juventude, dos idosos, das mulheres, dos indígenas, dos negros e dos brancos, todos organizados, que não vão votar somente nas eleições, mas sim constantemente sobre todos os projetos. Não podemos confiar em um Congresso Nacional que é controlado pelo poder econômico.”
*A Gazeta Grupo de Comunicações recebe candidatos e concede o mesmo espaço a todos.
**Colaborou o jornalista Leandro Porto
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