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SAÚDE

Câncer de próstata: tecnologia é aliada ao tratamento

Foto: Freepik.com

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele. Em índices absolutos e considerando ambos os sexos, é o segundo tipo mais comum. A taxa de incidência é maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.

De acordo com o médico urologista Alexandre Agra, o diagnóstico é realizado por meio do exame de toque retal e o PSA, coletado no sangue do paciente. Se diagnosticado precocemente, tem excelentes chances de cura. Nas fases iniciais, quando a chance de cura é elevada, o câncer não costuma ocasionar sintomas, por isso é muito importante o rastreamento anual. “É importante ressaltar que um exame de PSA ou de toque retal normal não exclui a chance de câncer. Em caso de alteração de algum desses dois exames, pode ser necessária uma biópsia da próstata ou, mais recentemente, uma ressonância magnética.”

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Médico urologista Alexandre Agra

A elevada chance de cura se deve a avanços tecnológicos na medicina, que permitiram o desenvolvimento de novas formas de tratamento. “Cada vez mais presentes na prática médica do Brasil, as opções cirúrgicas minimamente invasivas também são possíveis no tratamento do câncer de próstata. Atualmente a técnica robótica já é uma realidade no tratamento”, destaca Agra.

Conforme explica, o procedimento é realizado por um cirurgião urológico que realizou treinamento para performar a cirurgia. São realizadas pequenas incisões no abdômen do paciente, por onde serão introduzidas as pinças cirúrgicas, que estão conectadas aos braços do robô. O cirurgião será o responsável por comandar os movimentos que o robô realizar. Já o robô auxilia melhorando a destreza e amplitude dos movimentos, além de permitir uma visão ampla e em 3D da cavidade onde se encontra o órgão. Quanto ao tempo de recuperação, o médico explica que o tempo de cirurgia e de internação varia a cada caso, mas geralmente o paciente fica de um a dois dias internado e faz uso de uma sonda na bexiga por dez dias, que é retirada na revisão, no consultório do médico.

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Vantagens

Agra atesta que, por permitir uma melhor visão e possibilitar movimentos mais finos, a cirurgia robótica auxilia na dissecção dos feixes vásculo-nervoso e da uretra, o que pode trazer melhora na preservação da potência sexual e na continência urinária.

  • Além disso, em comparação à cirurgia aberta, oferece:
    • Menor risco de sangramento
    • Menor tempo de internação
    • Menos dor após a cirurgia
    • Menor tempo de repouso
    • Cicatrizes menores, muitas vezes imperceptíveis

“Tudo isso vai permitir ao paciente uma recuperação mais rápida e menor tempo de internação, acelerando o retorno às suas atividades”, diz o médico.

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Perguntas frequentes

  • A cirurgia pode causar impotência sexual?
    • Sim, independentemente da técnica aplicada – aberta, laparoscópica ou robótica. Essa taxa pode ser maior, dependendo da qualidade da ereção que o paciente já apresentava antes da cirurgia ou se o paciente tem alguma comorbidade sabidamente prejudicial à ereção, como hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, obesidade. As demais opções terapêuticas, como radioterapia, também apresentam taxas de impotência sexual similares à cirurgia.
  • E incontinência urinária?
    • Essa também é uma preocupação frequente do paciente e do médico. Porém, com as técnicas atuais houve melhora, com mais de 80% dos pacientes conseguindo manter a continência urinária.
  • Vasectomia pode aumentar risco de câncer?
    • Apesar de alguns estudos sugerirem tal associação, nada foi conclusivo. Até hoje, não se considera um fator de risco para câncer de próstata o paciente ter realizado cirurgia de vasectomia.
  • A dieta pode ser prejudicial?
    • É o que vêm sugerindo alguns estudos. O consumo elevado de proteína animal ou laticínios ricos em gordura pode ter uma influência no surgimento de cânceres da próstata.

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