Os camponeses que estavam na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Ministério da Fazenda, em Porto Alegre, desocuparam os pátios onde estavam acampados desde segunda-feira, 5. Os militantes são integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do Movimento dos Atingidos por Barragens e do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC).
O grupo desmontou o acampamento após participar da marcha do Grito dos Excluídos na capital gaúcha. A desocupação ocorreu após dois dias de negociações entre camponeses e o governo federal, em Brasília, que pautou a situação da reforma agrária. Uma das principais queixas dos militantes é a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que pediu que o Incra cortasse o auxílio de cerca de 500 mil famílias beneficiárias da reforma agrária por considerá-las irregulares.
“Esta foi mais uma etapa importante da luta pela terra no país. Neste primeiro diálogo com o governo, encaminhamos várias reuniões para continuar tratando das nossas reivindicações. Enquanto isso, permaneceremos atentos e mobilizados para cobrar ações que realmente possam mudar para melhor a vida das pessoas”, avaliou Cedenir de Oliveira, da direção estadual do MST.
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Com a desocupação, o expediente nos prédios do Incra e do Ministério da Fazenda, que estavam suspensos, devem ser retomados nessa quinta-feira, 8.
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