A segunda etapa deste ano da campanha de vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa no Estado começa na próxima terça-feira. Nesta fase, que se estende até 30 de novembro, a imunização é para os animais com até 24 meses de idade. Na área da 14ª Supervisão Regional de Rio Pardo da Secretaria Estadual da Agricultura (Seapi), que abrange 31 municípios das regiões do Vale do Rio Pardo, Centro-Serra, Carbonifera e parte da Serra do Sudeste deverão ser vacinados 275 mil bovídeos em 20 mil propriedades.
Só em Santa Cruz do Sul, a estimativa é que sejam imunizados 8.500 bovídeos de 1.650 propriedades. Nesta segunda etapa da imunização de bovinos e bubalinos, considerada de reforço, a Seapi não fornecerá doses gratuitas do medicamento para produtores enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o que vinha ocorrendo desde 2000.
Em 2015, o governo do Estado entregou doses gratuitas apenas a agricultores do Pronaf com até 30 animais a serem imunizados, limite que já foi de até cem bovídeos. Em maio de 2016 receberam o medicamento somente os que tinham até dez animais para vacinar. De acordo com a Seapi, na etapa de maio foi utilizado o estoque de vacinas e não foram compradas novas doses. Agora, nenhum produtor receberá o remédio de forma gratuita. Terá que adquirir as doses necessárias em casas veterinárias e imunizar seus animais.
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Conforme o diretor do Departamento de Defesa Agropecuária (DDA) da Seapi, Antônio Carlos Ferreira, a medida foi adotada por vários fatores, como a dificuldade financeira do Estado, a informação do Ministério da Agricultura de que o Rio Grande do Sul é o único a fazer essa doação e os questionamentos do Tribunal de Contas do Estado sobre a compra de vacinas. O diretor do DDA diz que ainda não está decidido se a doação do medicamento será realmente extinta ou se poderá ser retomada em outra ocasião.
Preocupação
A medida deixou a direção do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santa Cruz do Sul muito preocupada, segundo o secretário da entidade, Gerson Morsch. “É mais um custo que o produtor vai ter”, observa, acrescentando que a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag) está se mobilizando para tentar reverter essa decisão do governo estadual. Morsch lembra que, na etapa de novembro, o número de animais a serem imunizados não será tão grande, pois abrange apenas aqueles com até 24 meses de idade. O problema será maior em maio de 2017, quando deverão ser vacinados os bovinos e bubalinos de todas as idades.
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