Campanha já tem dinheiro para projeto de duplicação da BR-471

A campanha lançada no início de junho para viabilizar a duplicação do trecho urbano da BR-471, em Santa Cruz, atingiu o primeiro objetivo. Com doações de 22 empresas, a mobilização já tem assegurados os recursos necessários para contratar o projeto da obra.

Batizada de “Duplica 471”, a campanha é capitaneada pela Associação de Entidades Empresariais (Assemp), que se dispôs a contratar a empresa responsável pela elaboração do projeto como forma de agilizar o processo – se a Prefeitura fizesse a contratação, seria necessário um processo licitatório.

A primeira meta era arrecadar, até o próximo dia 31, R$ 400 mil para bancar o projeto. Conforme o vice-presidente administrativo-financeiro da Assemp, Lucas Rubinger, a campanha encontrou adesão inclusive de empresas que não possuem instalações na rodovia. Entre as doadoras, por exemplo, estão seis do setor fumageiro, que foram mobilizadas via Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), e que juntas vão repassar R$ 150 mil. “Algumas empresas não estão na 471 mas entenderam a importância da obra, inclusive para garantir segurança ao trânsito de funcionário e de cargas”, observou.

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As contribuições variam entre R$ 5 mil e R$ 25 mil. “Por uma questão de segurança, para que não precisássemos devolver o dinheiro caso a campanha não fosse bem-sucedida, ainda não cobramos das empresas. Todas têm promessa de depósito e faremos a arrecadação de uma só vez”, explicou Rubinger.

A Assemp já possui orçamentos de pelo menos quatro empresas interessadas em fazer o projeto. A contratação, porém, ainda depende de uma consulta realizada ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para que o órgão oriente como o projeto deve ser elaborado.

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O cronograma inicial da campanha previa que o projeto fosse finalizado até fim de setembro para permitir o início da obra ainda este ano. O governo municipal já confirmou que irá canalizar ao investimento um valor de R$ 20 milhões que havia sido captado durante a gestão Telmo Kirst, por meio do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa 2). A urgência é para que os recursos federais não sejam perdidos. De acordo com Rubinger, porém, a dependência de uma posição por parte do Dnit pode atrasar um pouco o processo.

O trecho urbano da 471 tem 9 quilômetros, do entroncamento com a RSC-287 (no antigo Gaúcho Diesel) até o Distrito Industrial, e foi municipalizado em 2014, a partir de um convênio com o Dnit.

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ENTENDA
O custo total da obra será apontado no projeto. É certo, no entanto, que os R$ 20 milhões de que a Prefeitura dispõe não serão suficientes para duplicar toda a extensão do trecho. O governo ainda terá que captar o restante do valor.

Os detalhes técnicos da obra também só serão definidos a partir do projeto. A Assemp, no entanto, sugeriu que o trecho seja dividido em dois lotes. O primeiro seria do entroncamento com a RSC-287 até o Trevo do Bom Jesus, ao longo do qual estão empresas como Germani, Dupont, Maxxi Atacado, Viação União Santa Cruz, Havan, Pitt e Prato Feito, entre outras. A ideia é que, nesse lote, seja implantada a pista dupla com alças laterais.

Já o segundo lote seria do Trevo do Bom Jesus até o Distrito Industrial, onde estão a Xalingo Brinquedos e a central de distribuição da Afubra. Nesse lote, a ideia é implantar pista dupla com barreira central.

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