A eleição mais polarizada da história democrática brasileira chega ao fim sob clima de tensão e incerteza. A votação vai das 8 horas às 17 horas deste domingo, 29, e a expectativa da Justiça Eleitoral é de que os resultados sejam confirmados até por volta das 21h30.
Desde o primeiro turno, a campanha para o Palácio do Planalto subiu de tom. Embora tenham sido apenas dois debates entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), no horário eleitoral gratuito e nas redes sociais a discussão de propostas foi praticamente anulada enquanto as trocas de acusações, com o intuito de aumentar a rejeição do adversário, se intensificaram.
LEIA TAMBÉM: Três denúncias de coação chegam à Justiça Eleitoral de Santa Cruz
Publicidade
Apesar disso, não houve um “fato novo” de grande impacto eleitoral. Na maioria das pesquisas de intenção de voto, os índices tiveram pouca volatilidade, com um baixíssimo volume de indecisos e Lula numericamente à frente. Analistas, porém, apontam que fatores como abstenção – que no primeiro turno chegou a mais de 20% – podem influenciar o resultado. Também não são descartados movimentos de última hora no eleitorado, sobretudo pelo fato de que ambos os candidatos apresentam altas taxas de rejeição. Nos últimos dias, marcaram a campanha episódios como a prisão do ex-deputado Roberto Jefferson e a denúncia sobre irregularidades em inserções em rádios do Nordeste. Alguns levantamentos apontam empate ou até vantagem de Bolsonaro.
Na votação do dia 2, Lula recebeu 57,2 milhões de votos, o equivalente a 48,4% dos votos válidos, enquanto Bolsonaro recebeu 51 milhões (43,2%).
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acredita que a abstenção deve ser mais baixa neste domingo. Um dos fatores é o fato de diversas cidades, incluindo todas as capitais, terem instituído o passe livre no transporte coletivo, o que deve facilitar o acesso de eleitores de baixa renda aos locais de votação. O órgão também aposta em um pleito com menos filas nas seções. Nas últimas semanas, os treinamentos dos mesários foram reforçados.
Publicidade
LEIA MAIS: Após campanha marcada por tensões, Onyx e Leite se encontram em reunião no TRE
Costumes e corrupção em pauta – Diferentemente do primeiro turno, em que o debate esteve mais voltado à política econômica, no segundo turno o tema da corrupção e a pauta de costumes ganharam protagonismo.
Debates – Os dois confrontos entre Lula e Bolsonaro, na Band e na Globo, foram tensos e experimentaram um novo formato, mais livre, em que os candidatos administravam o próprio estoque de tempo.
Publicidade
Decisões do TSE – O órgão foi acusado de censura após decisões polêmicas, como a que proibiu os comentaristas da Jovem Pan de fazer referência aos processos do candidato Lula.
Prisão de Roberto Jefferson – A prisão de Roberto Jefferson sacudiu o ambiente eleitoral no último domingo. O ex-deputado do PTB teve o retorno ao presídio decretado após ofender a ministra do STF Carmen Lúcia. Ele chegou a atirar contra policiais federais e resistir por oito horas dentro de casa.
Denúncia contra inserções – Na última semana, a campanha de Bolsonaro afirmou que emissoras de rádio do Nordeste teriam deixado de veicular um grande número de inserções do candidato. Alguns aliados chegaram a sugerir o adiamento da votação. O TSE descartou investigar, sob alegação de falta de provas consistentes.
Publicidade
LEIA MAIS: Presidente do TSE faz apelo contra abstenção no segundo turno
O segundo turno também teve tom mais elevado no Rio Grande do Sul. Com a necessidade de capitalizar votos da esquerda para tentar reverter a vantagem, Eduardo Leite (PSDB) adotou uma postura mais ofensiva contra Onyx Lorenzoni (PL). Com mais de dez debates realizados, a troca de provocações passou a ser o tom da campanha, com referências reiteradas à renúncia de Leite ao governo do Estado e aos casos de caixa dois de Onyx.
Em termos de estratégias, Leite buscou dissociar-se da campanha nacional, tanto que se negou a abrir voto para presidente, enquanto Onyx seguiu reforçando seu vínculo com Bolsonaro, apostando na força que o bolsonarismo mostrou no primeiro turno.
Publicidade
Embora Onyx tenha vencido o primeiro turno com 10 pontos de vantagem sobre o tucano, os levantamentos mais recentes indicam uma disputa mais acirrada. Alguns, inclusive, colocam Leite à frente.
Quer receber as principais notícias de Santa Cruz do Sul e região direto no seu celular? Entre na nossa comunidade no WhatsApp! O serviço é gratuito e fácil de usar. Basta CLICAR AQUI. Você também pode participar dos grupos de polícia, política, Santa Cruz e Vale do Rio Pardo 📲 Também temos um canal no Telegram! Para acessar, clique em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça sua assinatura agora!
This website uses cookies.