A Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) lança no próximo mês a campanha Setembro Verde, de alerta à população sobre a necessidade de prevenção do câncer colorretal. As ações da campanha, feita em parceria com a Associação Brasileira de Prevenção do Câncer de Intestino, vão ocorrer em quatro capitais brasileiras.
No Rio de Janeiro, o público poderá conhecer uma estrutura que reproduz um instestino – uma espécie de túnel com 20 metros de comprimento e 2,5 m de largura –, entre os dias 4 e 7, no Barra Shopping, das 11h às 20h. As pessoas terão a oportunidade de ver reproduções de pólipos e assistir a vídeos sobre câncer de intestino. Ao final da visita, receberão informações e orientações de médicos ligados à SBCP.
Depois da capital fluminense, a campanha será levada a Belo Horizonte, nos dias 12 e 13; a Porto Alegre, de 18 a 20; e a São Paulo, de 25 a 27. O presidente da SBCP, Ronaldo Salles, lembrou que o câncer de intestino afeta tanto homens quanto mulheres. “Cresce muito a importância do câncer de intestino em relação aos outros, porque câncer de próstata dá apenas em homens, e o de mama acomete mais mulheres. Em homens, é muito raro.”
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Salles destacou que o câncer de intestino pode ser prevenido. “O precursor do câncer é o pólipo benigno, que pode ser retirado durante uma colonoscopia [exame que permite analisar o revestimento interno do intestino]”. Segundo ele, o procedimento pode evitar a transformação do pólipo em um tumor.
De acordo com o presidente da SBCP, toda pessoa acima de 50 anos deve fazer a colonoscopia, independentemente de ter sintomas ou casos de câncer de intestino na família. “A gente encontra pólipos em mais ou menos 20% dos exames feitos”, afirmou. Outras medidas podem auxiliar na prevenção da doença, como ter uma boa alimentação, não fumar, ingerir pouca bebida alcoólica e ter uma boa qualidade de vida.
Estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), do Ministério da Saúde, feita no ano passado, era 15.070 casos novos de câncer de cólon e reto em homens, no Brasil, e 17.530 em mulheres. Esses valores correspondem, segundo o Inca, a um risco estimado de 15,44 casos novos a cada 100 mil homens e 17,24 casos novos a cada 100 mil mulheres.
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