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Campanha alerta para risco de doenças cardiovasculares nas mulheres

As doenças cardiovasculares representam 30% das causas de morte entre mulheres com mais de 40 anos, mais que as mortes por câncer ginecológico. Em todo o mundo, as cardiopatias matam por dia 23 mil mulheres, e por ano 8,5 milhões. Diante disso, a Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM) lançou nesta sexta-feira, 29, na capital paulista, a campanha Mulher Coração, para alertar e orientar as brasileiras sobre a prevenção e o diagnóstico precoce.

O presidente da SBCM, Antonio Carlos Lopes, ressaltou que entre os fatores de risco estão o uso de pílulas anticoncepcionais (que podem aumentar as chances de trombose), má alimentação, falta de atividade física regular e o hábito de fumar. Além disso, mulheres com diabetes, hipertensão e alteração nas taxas de colesterol têm maior predisposição para desenvolver cardiopatias. A chegada da menopausa e as terapias de reposição hormonal também são fatores que aumentam os riscos.

“Esta campanha é muito importante e visa esclarecer a população sobre os problemas que atingem o coração da mulher e que durante muito tempo passaram despercebidos. Essas doenças aumentaram a incidência em decorrência de que hoje a mulher é uma profissional, trabalha sob pressão, tem sua família para cuidar, muitas vezes passa necessidade problemas familiares, fumam, usam pílula, além do fator genético”, listou.

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Lopes destacou a necessidade do alerta para os sintomas, porque com o diagnóstico precoce, inclusive para mulheres jovens, é possível evitar a doença ou maiores consequências. O especialista recomendou que as mulheres consultem um médico para fazer uma avaliação adequada antes de começar a fazer exercícios físicos. “É necessário que haja avaliação médica para que o profissional estabeleça a cronologia para essas avaliações. Isso é baseado no biotipo, nos exames clínicos, fatores bioquímicos”.

Informação 

A campanha foi aberta pela madrinha da iniciativa, Viviane Senna, presidente do Instituto Airton Senna. Para ela, a redução de riscos depende do conhecimento, educação, acesso à informação e a saúde da mulher está diretamente vinculada ao conhecimento de como o corpo funciona para tentar evitar os danos.

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“Sabemos que as mulheres são muito sujeitas às doenças cardiovasculares, diferente do que se pensava antes. As mulheres são até mais [que os homens]. Eu aceitei estar disponível para a campanha porque sou mulher, sou um alvo típico dessa situação de risco pela idade, pela situação de vida de muito estresse, como grande parte das mulheres. E quero contribuir com essa causa para que tenhamos conhecimento, informação e consciência suficiente para não ser vítima do problema, mas mas para agir sobre ele”, disse.

Redes

A campanha está disponível no site e em outras plataformas, como Facebook e Instagram

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