A realidade da produção de tabaco será mais uma vez mapeada em detalhes em uma jornada pelos três estados do Sul do Brasil. A partir deste domingo, por iniciativa da Gazeta Grupo de Comunicações, terá início a sexta edição da Expedição Os Caminhos do Tabaco – 2021. Ao longo da próxima semana, e com extensão na segunda-feira seguinte, quatro profissionais visitarão propriedades identificadas com o cultivo de tabaco a fim de descrever a rotina nesta safra, bem como a inovação tecnológica e a diversificação.
A equipe será composta pelo jornalista Romar Rudolfo Beling, que há 32 anos acompanha e registra o agronegócio na região e no País; pelo fotógrafo Alencar da Rosa, ambos integrantes da Redação Integrada da Gazeta; pelo produtor rural Giovane Luiz Weber, colunista da Gazeta do Sul, na qual assina a coluna Por Dentro da Safra; e pelo catarinense Alan Toigo, colega de Weber na página Fumicultores do Brasil e que durante a expedição responderá pelo apoio técnico e captação complementar de imagens em vídeos.
Eles partirão no domingo pela manhã de Santa Cruz do Sul, em uma caminhonete identificada com adesivação referente à expedição, e viajarão direto a Mangueirinha, no Paraná. Neste município serão feitas as primeiras visitas a propriedades, na segunda pela manhã, sendo que a primeira família a receber o grupo será a do produtor Lenon Souza. A parada seguinte, ainda na segunda-feira, será Prudentópolis.
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A comitiva permanecerá no Paraná até a terça-feira, visitando ainda Pien, quando começará o deslocamento rumo a Santa Catarina, para registros da realidade de cultivo de tabacos nesse Estado. Já entre a quinta e a sexta-feira, a equipe ingressa de volta ao Rio Grande do Sul. Na segunda-feira, 15, haverá um complemento com viagem à região Sul do Rio Grande do Sul.
Beling enviará diariamente conteúdo para uma página na Gazeta do Sul, acrescido de fotos de Alencar da Rosa, bem como ambos manterão os internautas do Portal Gaz informados sobre os avanços da expedição. E ainda haverá inserções regulares na programação da Rádio Gazeta FM 107,9. Por sua vez, Giovane Weber e Alan Toigo compartilharão na Gazeta um olhar de produtor rural sobre as novidades registradas no caminho.
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Sucessão rural e diversificação estarão na pauta
A Expedição Os Caminhos do Tabaco – 2021 deve totalizar cerca de 3 mil quilômetros percorridos por municípios dos três estados, com visitação a pelo menos dez propriedades rurais de diferentes perfis e realidades produtivas. A expectativa, a partir do roteiro e do agendamento das visitas, é registrar as peculiaridades do cultivo nas diversas regiões, identificadas também pela predominância das etnias, caso dos italianos, dos ucranianos, dos poloneses, dos alemães e dos pomeranos, bem como portugueses, descendentes de africanos e indígenas.
Conforme Romar Beling, uma das preocupações será evidenciar a sucessão rural, em propriedades nas quais o tabaco, como fonte de renda familiar, assegura a permanência dos jovens no campo. Além disso, com essa gradativa inserção dos jovens no processo produtivo, também é impulsionada a adoção de novas tecnologias, entre elas a inclusão digital e a comunicação, tanto no campo quanto com a cidade, por meio das mídias sociais.
A expedição também se preocupa em sempre salientar a diversificação das propriedades, que, embora tenham no tabaco uma base econômica, utilizam os recursos por ele gerados para investir em outras atividades e culturas. Essa é uma característica comum praticamente em todas as regiões nos três estados do Sul do Brasil.
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Um olhar de produtor
Giovane Luiz Weber
Produtor de tabaco
Alan Toigo
Apoio técnico
Mais um mergulho na realidade do setor
Olá, pessoal! Tudo bem? A coluna Por Dentro da Safra, que assino na Gazeta do Sul, encerrou na última terça-feira seu ciclo 2020/21. Mas neste domingo daremos início a mais uma jornada pelo ambiente de produção do Sul do Brasil. Na companhia do Romar Beling e do Alencar da Rosa, da equipe da Gazeta, e do meu colega da página Fumicultores do Brasil, o catarinense Alan Toigo, sairemos em viagem que, no final, deverá totalizar cerca de 3 mil quilômetros percorridos pelas áreas de produção de tabaco.
A enorme diversidade cultural nas regiões
Além da possibilidade de constatar a importância econômica e social do tabaco como gerador de empregos e renda no campo e na cidade, o que sempre me chama muito a atenção, no contato com a realidade de produção, é a diversidade cultural. São inúmeras etnias envolvidas, de descendentes de portugueses, africanos e indígenas a alemães, italianos, poloneses, ucranianos, pomeranos… Cada uma delas preservando sua identidade. E com características regionais, caso da família Gomes, de Ipiranga (PR), na foto acima, que visitamos em 2020. Os irmãos Felipe, com a esposa Iolene e o filho Pietro; Alexander, com a esposa Ana Paula e a filha Maria Sofia; e Paulo, com a esposa Maria Michele e o filho Saulo, plantam 240 mil pés de tabaco na propriedade em que também moram os pais, José e Ana Ruth. Tudo é feito em família; pagas as contas, o que sobra é dividido entre todos, um sistema que é muito comum em todo o Paraná.
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Em cada família, um diferente estilo de vida
E também como a família Salva, italianos, em Linha São Brás, interior de Putinga (RS), na foto acima, que se dedicam ao cultivo de Burley e ainda de erva-mate. O Sílvio e sua esposa Sidiane, com os filhos Isabela e Artur; e o irmão dele, o Miguel, dão continuidade à rica história dos pais, Silvério e Marisa, e assim dão um charme todo especial à realidade no campo, com seu sotaque carregado de italianos e sua autenticidade tão contagiante. Tudo isso voltaremos a ver em todas as regiões, a começar pelo Paraná, na segunda-feira, e a contar para os leitores diariamente nas páginas da Gazeta do Sul. Venha nessa viagem conosco!
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