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Caminhos do Tabaco: o cenário onde não há estiagem

A viagem de domingo até essa terça-feira, 7, entre Santa Cruz do Sul e São João do Triunfo, no Paraná, distante 675 quilômetros, serviu para uma triste constatação: a falta de chuva foi cruel com o Rio Grande do Sul. Conforme o veículo da 8ª Expedição Os Caminhos do Tabaco se desloca para o Norte, percebe-se que as lavouras amareladas mudam de cor. Nos estados vizinhos, são verdes e prósperas.

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Os bons resultados vão além do tabaco. Milho, soja e arroz, em pleno desenvolvimento, devem representar bons números para os produtores. Tamanha é essa possibilidade que os irmãos Milde, Fábio (36 anos) e José Alex (34), já providenciaram um contrato de arrendamento de sua área, na Vila Lagoa Seca, localidade de Bela Vista do Sul, município de Mafra (SC). No lugar onde foi colhido o tabaco, aproveitando o bom momento, o locatário colocará soja. O ouro verde, como ficou apelidado, deve crescer firme e forte.

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Os irmãos Fábio e José Alex Milde planejam arrendar a terra após a colheita do tabaco | Foto: Alencar da Rosa

A quantidade de chuva nos últimos meses, diz Fábio, foi satisfatória. O clima teve um registro desagradável, que foi a ocorrência de granizo. “Tivemos a perda de umas 500 mil folhas, mas ainda assim abaixo do que perdemos na safra passada, que superou 1 milhão de folhas”, ressalta.

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As intempéries não chegam a assustar. Eles mantêm os 5,5 hectares destinados para o tabaco há anos. Dessa maneira, garantem a manutenção de 80 mil pés, o que é possível plantar e colher entre os dois irmãos e as esposas (Franciele Karina Portela da Silva Milde – de Fábio – e Patrícia Pereira Chaves – de José Alex).

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Da mesma forma que conseguem bons resultados, garantem que a propriedade seja impecável em organização e estrutura. São três boas casas construídas pelos irmãos que, na época da resteva do tabaco, mudam de profissão e viram construtores. Eles prestam serviços como pedreiros e carpinteiros para os vizinhos e até moradores da cidade de Mafra. Enquanto isso, as esposas fazem a seleção e organização do tabaco no galpão.

Sem granizo

Não basta chover para o sucesso ser obtido na plantação. Em Ribeirão dos Lobos, Taió, Santa Catarina, a família Koch ficou apreensiva com o momento e a quantidade de chuva. O patriarca, Wilson, conta que as mudas foram plantadas entre julho e agosto e houve uma precipitação excessiva em setembro. Depois, uma redução drástica. “Ficamos preocupados, porque depois de capado, o tabaco ficou seco repentinamente. Poderia ter causado problemas, mas dá para considerar que foi um ano de lavoura boa, sobretudo porque não tivemos granizo”, constata.

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Wilson e Eduardo: pai e filho comemoram porque não houve ocorrência de granizo | Foto: Alencar da Rosa

Os Koch estão na quarta geração na cadeia produtiva do tabaco. Wilson conta com o suporte do filho Eduardo, que optou por não seguir adiante com os estudos e se dedicar à propriedade. Eles plantam 160 mil pés e fazem isso desde as mudas, geradas pela dupla. Na época da colheita, chegam a contratar dois ou três profissionais para dar auxílio. Ainda não percebem dificuldade para encontrar, mas entendem estar cada vez mais escasso o número de pessoas que entendam e queiram trabalhar no meio rural.

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