O inquérito a respeito de uma morte no trânsito que gerou grande comoção em Santa Cruz no início de outubro foi concluído e remetido à Justiça pela Polícia Civil. A vítima foi o professor José Adir Kauffmann, de 58 anos. Ele morreu após ter o automóvel atingido por um caminhão Mercedes-Benz quando tentava fazer a travessia sobre a BR-471, naquele que é considerado pela comunidade da Zona Sul como um dos mais perigosos trevos da cidade, na divisa entre os bairros Santa Vitória e Dona Carlota.
O professor das séries iniciais da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) São Canísio dirigia seu Renault Sandero quando o acidente aconteceu, na manhã de 7 de outubro. A principal suspeita, de que Kauffmann havia “cortado a frente” do caminhão, foi confirmada pelos investigadores a partir de testemunhas e imagens de videomonitoramento de empresas nas imediações do local do acidente.
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No entanto, uma prova técnica coletada pela polícia foi a peça-chave para que Ademir Invernizzi, de 61 anos, o motorista do Mercedes-Benz, fosse indiciado por homicídio culposo de trânsito. “Dentro da dinâmica dos fatos, no inquérito, realizamos a perícia no tacógrafo do caminhão, o que indicou que ele estava em uma velocidade acima da permitida para a via, que é de 60 quilômetros por hora”, comentou o delegado Alessander Zucuni Garcia, titular da 2ª Delegacia de Polícia, responsável pela investigação do caso.
Ação foi relevante para desfecho, diz delegado
No entendimento do delegado, a morte poderia não ter ocorrido se a velocidade do motorista do caminhão fosse menor. “Essa ação, somada à conduta da vítima, foi relevante para o desfecho”, ressaltou Alessander. A pena para o homicídio culposo de trânsito é de dois a quatro anos de detenção e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor. Invernizzi vai responder ao processo em liberdade.
No dia do acidente, o caminhoneiro conversou com a Gazeta do Sul e contou que transportava estofados até uma empresa situada no Distrito Industrial, trajeto que fazia quase todos os dias, desde Muçum, no Vale do Taquari. “Eu estava devagar, mas ele entrou do nada na via”, disse na ocasião. Também no lugar do acidente, a reportagem ouviu moradores que reclamaram das condições perigosas do trevo.
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Na oportunidade, a Prefeitura já sinalizava que intervenções estruturais no local deveriam ser realizadas. Na última quinta-feira, a prefeita Helena Hermany anunciou um pacote de R$ 50 milhões de investimentos em mobilidade urbana, o que inclui a duplicação da BR-471, entre o trevo do Gaúcho Diesel e o Distrito Industrial. A obra está orçada em R$ 20 milhões e deve ter início no segundo semestre do ano que vem.
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