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Caminhões-pipa levam esperança ao interior

A estiagem que vem castigando o Estado desde o fim do ano passado ainda não deu trégua. Muitas propriedades do interior de Santa Cruz do Sul seguem recebendo água potável em caminhão-pipa. O serviço ininterrupto ocorre de domingo a domingo, por duas equipes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Os caminhões que têm capacidade de 4 e 8 mil litros respectivamente, percorrem as localidades mais afetadas.

No sábado, as equipes que trabalharam das 7 às 20 horas, abasteceram famílias de Cerro Alegre Baixo, Rincão dos Oliveira, Monte Alverne e Rio Pardinho (Travessa Bohnen, Travessa Andreas e Entrada Zingler). Ontem, no mesmo horário, a distribuição ocorreu em São Martinho, Capela dos Cunha, Cerro Alegre Baixo e Linha Gaspary.

Por dia, são distribuídos de 40 a 50 mil litros, atendendo em torno de 12 famílias. O responsável pela pasta, Raul Fristch, destacou que o abastecimento que já vinha sendo realizado em muitas localidades, foi ampliado a partir da estiagem. “Embora existam famílias que dependem exclusivamente deste abastecimento, a falta de chuva fez secar as fontes naturais em muitas propriedades e consequentemente aumentou a procura dos pedidos.”

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A solicitação deve ser feita por meio de um cadastro na Secretaria de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade (Semass), ou pelo telefone 3713 8242. A taxa de abastecimento cobrada é de R$ 6,00 o metro cúbico.

O secretário orienta que as pessoas que precisarem de água potável, que façam o pedido de forma antecipada. “Existe um cronograma cumprido diariamente, mas claro que a prioridade é sempre levada em conta. Embora a demanda seja bastante grande, estamos conseguindo atender todas as famílias. Demora um pouco, mas no máximo em cinco dias é feita a entrega.”

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Fontes secaram e falta água para os animais
É perto das 16 horas, de sábado, quando a aposentada Sale Schimidt, de 74 anos, moradora de Travessa Andreas em Rio Pardinho, recebe a equipe que vai abastecer a cisterna de sua propriedade. Os 4 mil litros pedidos por ela, duram cerca de um mês e serão destinados para o consumo de quatro pessoas – dela, o marido, o filho e a nora. “A fonte da propriedade está quase seca, e nós a utilizamos apenas para os animais. Antes era de lá, que vinha a água para abastecer nossa casa, mas não tem mais condições. Esta água chegou em boa hora, e vai servir para beber, fazer comida e outras necessidades de casa.”

Sale: saída foi solicitar água potável

Situação semelhante vive a dona de casa Rosa Tatiane dos Santos Moraes, que mora na Entrada Zingler, também em Rio Pardinho. Os 7 mil litros de água levados na tarde de sábado, para a cisterna da propriedade devem durar cerca de um mês e meio, e servirão para o consumo de quatro pessoas – dela, do marido e de duas filhas. A família não dispõe de fonte natural, e única água é a do reservatório.

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Tatiane: estoque de água para um mês

Lago Dourado está mais baixo
Apesar da escassez de chuvas, o Lago Dourado ainda evita a necessidade de racionamento de água em Santa Cruz do Sul. O reservatório que abriga 2,6 bilhões de litros de água, e é responsável pelo abastecimento de 61 mil residências no município, está com o nível mais baixo. Conforme o coordenador da Defesa Civil de Santa Cruz, tenente José Joaquim Dias Barbosa, o nível da água, que geralmente é de 4,8 metros, está em 3,040. “É importante as pessoas terem consciência e colaborarem. Ainda não precisamos fazer racionamento. Mas, temos que evitar o desperdício”, disse.

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