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Cami Littera escreve a beleza por onde passa

Camila Antunes Henrique Rodrigues não gostava da própria letra quando era criança, mas hoje espalha palavras por onde vai. Com a marca de arte em parede e hand lettering Cami Littera, a santa-cruzense de 21 anos vem se destacando ao criar obras autorais em vários pontos de Santa Cruz, além de assinar trabalhos em Gramado, Vera Cruz e Paraíso do Sul. O nome da empresa surgiu da junção de seu apelido com a palavra “letra” em latim. “Era para deixar uma marca, uma assinatura, e agora as pessoas me chamam assim”, diverte-se.

Família unida pelo traço

Camila gosta de desenhar desde a infância, inspirada pelo pai, Davi, e a mãe, Maria Madalena, a Mada, que também desenhavam. A jornada no mundo das artes começou em 2016. Após assistir a vídeos de canecas personalizadas, comprou três, que decorou para presentear amigas e logo passou a receber encomendas. “Eu fiz essas primeiras artes, mas não sabia como se chamava isso. Minha letra sempre foi estranha. Comecei a desenhar as letras, que é o lettering. Não é caligrafia, a gente desenha as letras porque as encara como formas”, explica. Inspirada na obra de artistas como Martina Flor, Marina Viabone e Karol Stefanini, a santa-cruzense adquiriu livros sobre o lettering e fez um curso, além de pesquisar bastante sozinha e treinar.

“Tem todo um layout e sempre faço um esboço no iPad. Descobri que dava para fazer paredes e pensei que seria um sonho fazer uma superfície tão grande”, relata. A primeira oportunidade foi oferecida pelos maiores apoiadores: os pais. O casal permitiu que Cami criasse uma arte exclusiva em uma parede da Brasserie Chef Davi, em 2019. A mãe é a mentora e assistente, auxilia a filha na execução dos trabalhos e motiva artes inéditas, como o lettering feito na porta do carro da família – que, na hora da venda, precisou passar por pintura, já que não foi possível retirar a arte, como as duas relembram aos risos. “Só tenho a agradecer aos meus pais por tudo que fizeram por mim”.

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Além de trabalhar no restaurante dos pais e manter sua marca de lettering, Camila é testemunha de Jeová e se dedica ao trabalho voluntário de ensinar sobre a Bíblia. “Eu sempre pensava em uma carreira que me desse a liberdade de fazer meu horário, para me dedicar a esse trabalho voluntário”.

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Camadas de aprendizado e sensibilidade

Finalizando uma arte floral na parede do apartamento onde vai morar com o futuro marido, Bruno Bardini Braz, Camila recorda que costumava ficar tensa nos primeiros trabalhos. “Eu pensava que uma parede era muito grande, ficava imaginando se iria conseguir reproduzir a arte. Mas, assim que eu começava, só com o giz eu já me acalmava”.

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Apesar de ter começado com as canecas e feito alguns quadros, azulejos e pratos, atualmente o principal trabalho de Cami é em paredes. Mas ela não se esquiva de testar novos territórios, como contêineres, móveis, residências ou empresas. “Aceito todo desafio que vai me ajudar a evoluir. Cada arte é personalizada, única. Eu vou me adaptar e tentar transmitir o que a pessoa quer passar”, garante.

Dependendo da arte, Camila consegue executar uma obra em apenas um dia. Com experiência e prática, a artista leva cerca de 10 horas para finalizar uma parede, onde cada elemento tem várias camadas de tinta. Além de usar quadrantes, ela reproduz as artes a olho e utiliza um projetor para auxiliar em espaços maiores.
Entre os objetivos de Cami está criar obras pelo Brasil e no exterior. “Quero deixar um pedacinho de mim em cada parte”, projeta.

Lettering por aí

Camila já deixou sua marca em uma série de estabelecimentos de Santa Cruz do Sul com sua arte. Além da Brasserie Chef Davi, constam na lista o Solar Ana Nery, o Colégio Mauá, a Imply Tecnologia, a Casa Empodere, a GM Cristais, o Clube do Policial Civil e a Bild Clínica de Ultrassom, entre outros. Para ela, a arte influencia no quanto as pessoas se sentem bem no ambiente, além de tornar o local “instagramável”.

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“O trabalho dela embeleza os lugares, dá vida, e foi esse resultado que a gente percebeu aqui, deu delicadeza e cor”
Camila Pavani, presidente do Clube do Policial Civil de Santa Cruz

“Achei o trabalho dela moderno e muito bem executado! A arte foi ao encontro do perfil dos nossos alunos!”.
Fernanda Zubaran, coordenadora do Mauá Idiomas

“Queria trazer ao ambiente algo legal e bem original. Chamei ela para conversarmos e passei toda a minha ideia, para comunicar algo e relacionar com cristais e natureza”. Giovanna Murat Moreira, proprietária da GM Cristais

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Confira os trabalhos de Camila no perfil da artista no Instagram: @camilittera.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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