A partir da segunda quinzena de abril, será quase impossível transitar com veículos irregulares em Santa Cruz do Sul, sejam roubados, furtados, procurados pela Justiça ou mesmo com o IPVA vencido. Isso porque, até lá, devem estar em funcionamento as câmeras do cercamento eletrônico, também conhecidas como “dedo-duro”, peritas em rastrear a situação dos automóveis e motos. Capazes de “ler” as placas, os aparelhos emitirão alertas à central de monitoramento da Brigada Militar, que vai acionar as viaturas mais próximas para abordar o infrator.
As instalações começaram na segunda semana de janeiro e serão concluídas em 60 dias. “Foram colocadas 13 câmeras de cercamento nas vias de acesso e na RSC-287. Além disso, ampliamos em mais sete as de videomonitoramento. O serviço vai funcionar de forma integrada. A Prefeitura mantém um setor de vigilância constante junto à Brigada Militar”, informa o secretário municipal de Segurança, Licério Agnes. Ao todo, 41 câmeras de videomonitoramento já operam em Santa Cruz.
O tenente-coronel Giovani Paim Moresco, comandante do 23º Batalhão de Polícia Militar (BPM), está otimista com a iniciativa. “Vai agregar valor, dar celeridade e trazer inteligência as ações da polícia. Vamos aumentar a segurança não só em Santa Cruz, mas em toda a região.” Sobradinho, Candelária, Venâncio Aires e Vera Cruz também vão receber o sistema.
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O comandante salienta que as câmeras, equipadas com software forense, capaz também fazer a identificação facial de suspeitos e fugitivos, ajudarão a derrubar os índices de criminalidade. “Estamos trabalhando contra o crime. O cercamento eletrônico vai ser importante nesse papel, uma nova ferramenta.”
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Moresco entende que não será necessário reforço ou novos treinamentos para capacitar o efetivo a operar com essa nova tecnologia. “Temos pessoas capacitadas que já realizam monitoramento, inteligência. Com esse adendo, na mesma operação os policiais receberão a notificação na tela e imediatamente designarão uma guarnição próxima para abordar o veículo em situação irregular”, salienta.
Tais ações, segundo ele, ocorrerão tanto em casos de veículos roubados e conduzidos por criminosos quanto em situações de inadimplência, como licenciamento vencido.
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OS RECURSOS
O cercamento eletrônico provém de uma emenda parlamentar da bancada gaúcha na Câmara dos Deputados, em 2017, de cerca de R$ 631 mil, e de um investimento do Estado na ordem de R$ 310 mil. O deputado Heitor Schuch (PSB), integrante da bancada, definiu como um feito inédito. “Indiquei a cidade. Naquele ano havia uma onda de crimes e, a partir de um estudo da Força Nacional, entendemos que era necessário aplicarmos em inteligência. Não se coíbe o crime só com armas e carros, mas também com câmeras”, destaca.
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