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Greve do magistério

Câmaras aprovam moções de repúdio aos projetos de Eduardo Leite

Foto: Reprodução

Professores mostraram cartazes durante sessão de segunda-feira em Vale do Sol

Em greve desde segunda-feira, o magistério estadual vai se mobilizar junto às lideranças políticas para obter apoio contra o pacote de projetos apresentado pelo governo do Estado à Assembleia Legislativa, que prevê a retirada de benefícios de servidores.

Apesar do amplo número de partidos que compõem a base de Eduardo Leite, a crescente movimentação de vereadores em apoio às reivindicações do funcionalismo sinaliza que o governo pode ter dificuldades para aprovar seus projetos. As moções são encaminhadas à Assembleia Legislativa. Na região, pelo menos seis Câmaras já aprovaram o envio de documentos que expressam contrariedade em relação às medidas.

Em Santa Cruz do Sul, um grupo de professores e representantes do magistério e servidores estaduais acompanhou a sessão da Câmara na noite de segunda-feira e pediu apoio à luta. Em Candelária, também na sessão ordinária de segunda, os vereadores aprovaram moção de protesto e repúdio contra os projetos de alteração do Plano de Carreira do Magistério Público Estadual, no estatuto do servidor público do Rio Grande do Sul e na previdência estadual. A reunião foi acompanhada por docentes e servidores de escolas estaduais no município. Durante as manifestações no pequeno expediente, todos os legisladores que foram à tribuna apoiaram a luta dos profissionais públicos estaduais.

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No grande expediente, a pauta ainda foi a moção. A vereadora Cristina Rohde (PSDB) sugeriu anexar um abaixo-assinado de pessoas do município que apoiam a causa, colocando-se à disposição da direção das escolas para auxiliar. Jorge Willian Feistler (PTB), por sua vez, destacou que os professores e servidores não estão realizando manifestações por aumento de direitos, mas apenas para manter os direitos já adquiridos ao longo dos anos.

Em Vale do Sol, mais de 40 professores estiveram na Câmara de Vereadores na última segunda-feira. Eles pediram apoio na luta da classe contra as medidas apresentadas por Eduardo Leite à Assembleia Legislativa. Em apoio à reivindicação do magistério, a vereadora Lisandra Andrea Flesch encaminhou uma moção de repúdio contra a aprovação dos projetos que retiram direitos adquiridos dos professores no plano de carreira, assim como alteram o estatuto e a previdência do Estado.

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O texto-modelo utilizado pelos núcleos do Cpers – que se articulam com estudantes e pais para pressionar as casas legislativas – destaca seis pontos a serem considerados pelos vereadores. Acima de tudo, aponta para o risco de fechamento de escolas e os efeitos disso nas economias locais.

“Tais projetos levarão, inevitavelmente, à queda de qualidade do ensino prestado nas escolas da rede estadual do nosso município. Também há de se considerar os efeitos do aprofundamento do arrocho salarial na economia local e na subsistência das famílias de professores e funcionários de escola que escolheram a nossa cidade para trabalhar, viver e sonhar”, afirma o documento.

Moções da região:
Boqueirão do Leão
Encruzilhada do Sul
General Câmara
Rio Pardo
Santa Cruz do Sul
Venâncio Aires

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