Regional

Câmara Setorial do Tabaco aguarda com otimismo decisão da Anvisa sobre cigarros eletrônicos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve se manifestar nesta quarta-feira, 6, sobre os Dispositivos Eletrônicos de Fumar (DEFs), o que inclui os cigarros eletrônicos e os produtos de tabaco aquecido. Em reunião extraordinária, a diretoria da agência reguladora vai decidir se mantém a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 46/2009, que proibiu comercialização e consumo dos DEFs no Brasil ou se abre caminho para uma regulamentação desses produtos. A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco acompanha a pauta e espera que a decisão seja pela liberação.

Conforme o presidente da Câmara, Romeu Schneider, a proibição que vigora há quase 13 anos empurrou os eletrônicos para a ilegalidade, assim como ocorre com mais da metade do mercado de cigarros comuns. “A gente tem uma expectativa muito grande de que a manifestação da Anvisa seja por analisar com profundidade o assunto, escutar os dois lados, os prós e os contras, e então permitir que o produto seja comercializado e consumido legalmente”, disse em entrevista à Rádio Gazeta.

LEIA TAMBÉM: Mercado ilegal de cigarros eletrônicos avança e cresce 300% no país

Publicidade

Segundo ele, são mais de 2 milhões de usuários de DEFs no País. “Em qualquer lugar que a gente chega, em qualquer cidadezinha, encontra pessoas consumindo esses dispositivos”, afirma. Para Schneider, essa realidade mostra que os consumidores existem e o mercado ilegal os está absorvendo. “Mesmo que a decisão da Anvisa seja por manter a proibição do comércio e consumo, continuará acontecendo dessa forma”, observa. Destaca ainda que outra consequência será a falta de controle sobre os produtos e as substâncias vendidas ilegalmente.

Em março, um relatório da agência já havia indicado manter a RDC nº46/2009. Para Schneider, trata-se de um erro estratégico. “No meu entendimento, a Anvisa não pode fazer isso. Ela deve analisar a situação como um todo, respeitar as argumentações, fazer uma investigação científica das informações e, aí sim, produzir uma regulamentação e liberar o mercado para o consumo desses produtos.” Acrescenta que o consumo não só vai continuar ocorrendo como tende a aumentar. “Seja ele legal ou ilegal. Por isso, é importante que o consumo seja regulamentado e possa ter o acompanhamento fitossanitário por parte da própria Anvisa.”

LEIA TAMBÉM: Cigarro eletrônico: Anvisa começa a receber informações sobre produto

Publicidade

Produção

Ao comentar sobre os possíveis impactos dos DEFs na produção de tabaco, Romeu Schneider disse que ainda não é possível mensurar. No caso dos eletrônicos que utilizam tabaco, a quantidade do produto representa cerca de 35% da existente em um cigarro comum. “Mas não sabemos como será o consumo. Aquele que fumava uma carteira de cigarros por dia talvez irá consumir mais quantidade do eletrônico”, disse. Porém, ainda não existe estimativa real sobre o reflexo dessa mudança.

LEIA TAMBÉM: Definição sobre liberação ou não de cigarros eletrônicos é aguardada

Quer receber as principais notícias de Santa Cruz do Sul e região direto no seu celular? Entre na nossa comunidade no WhatsApp! O serviço é gratuito e fácil de usar. Basta CLICAR AQUI. Você também pode participar dos grupos de polícia, política, Santa Cruz e Vale do Rio Pardo 📲 Também temos um canal no Telegram! Para acessar, clique em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Publicidade

Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

Share
Published by
Carina Weber

This website uses cookies.