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Câmara realiza homenagem pelos 80 anos do Colégio Estadual Monte Alverne

Numa proposição do vereador Elstor Desbessell (PTB) foi realizada na noite de segunda-feira, dia 2, uma reunião solene em homenagem aos 80 anos do Colégio Estadual Monte Alverne (CEMA). Estiveram presentes o diretor Nelson Jandrey; o coordenador da 6ª CRE, Luís Ricardo Pinho de Moura; a presidente do CPM, Andreia Sulzbacher; a presidente do Conselho Escolar, Rosângela Mees Gass; e o presidente do Grêmio Estudantil, Rafael Schwerz.

A história do Colégio Monte Alverne se confunde com a própria história do distrito e de seus frequentadores. Inicialmente as aulas eram ministradas na casa da Comunidade Evangélica, e ao mesmo tempo, por intermédio do médico Dr. Pedro Eggler, foi construído o primeiro prédio, que atualmente abriga a Biblioteca Monteiro Lobato, a sala de professores e o almoxarifado. No ano de 1939, na 1ª turma, foram matriculados 74 alunos e, até o final do ano, este número aumentou para 87 alunos.

A criação da escola deu-se pelo Decreto nº 7.675, publicado em 07/01/1939 pelo jornal do Estado, chamando-se inicialmente: Grupo Escolar Monte Alverne, com sede no 5º Distrito de Santa Cruz do Sul. Em 1964, a escola sofreu a primeira mudança de nome, passando a se chamar Grupo Escolar Rural de Monte Alverne, tendo de 1ª a 5ª séries do Ensino Fundamental. Em 1965 houve outra mudança de nome, denominando-se Escola Reunida Rural de Monte Alverne. Outra mudança de nome aconteceu em 1968, pelo decreto nº 19.130 de 25/06/1968, passando a ser chamada de Escola Rural Isolada e, em 1969, passou a ser chamada de Escola Rural de Monte Alverne.

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Em 1971, pelo parecer do Delegado de Ensino da época, entra em funcionamento a 6ª série. Já em 1973, entra em funcionamento a 7ª série, em 1974 tem-se instalação e autorização de funcionamento da 8ª série. Em 1977, a partir de um parecer de uma comissão relativa à denominação patronímica, a Escola Rural de Monte Alverne homenageou ao Frei Francisco Mont´Alverne. Em 1978, pelo Decreto de nº 26.613 de 19/01/1978, houve a reorganização da Escola e passa a chamar-se de Escola estadual de 1º Grau Monte Alverne.

Em 1981, inicia o funcionamento da Pré-Escola. Em 07/09/1988, a Escola Estadual de 1º Grau Monte Alverne passa a se chamar Escola Estadual de 1º e 2º graus de Monte Alverne. Em 1989 foi autorizado o funcionamento do 2º grau. Em 2000 a escola passa a se chamar Colégio Estadual Monte Alverne (CEMA). Esta denominação surgiu a partir de uma pesquisa entre pais, alunos, professores e funcionários dando algumas opções de nomes. Já em 1995, ocorre a instalação do 2º grau noturno.

Desde a sua instalação em 1974, 1568 alunos já concluíram o ensino Fundamental nesse Colégio. Um total de 1.107 alunos já se formou nos 38 anos do Ensino Médio.

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Professores
Já passaram 288 professores, além dos 32 que continuam lecionando nos três turnos, somando 320 professores. Atualmente a rotatividade de professores é muito grande. Há professores que permanecem apenas por muito pouco tempo, ou seja, não se fixam, não estabelecem relações, não criam raízes, já outros estabelecem vínculos afetivos com o Distrito.

Dos 320 professores, 36 já trabalharam na direção do Colégio, como Diretor ou como Vice, sendo que alguns trabalham na função por mais de um período.

Direção
A primeira Diretora do Colégio foi a senhora Vaniza Maria Motta (11.04.39 – 01.03.42). Na sucessão, a grande maioria foi indicada,. Neste período não havia um tempo pré-fixado. Muitas vezes a aposentadoria ou a transferência significava a alteração do Diretor. A partir da lei que dispõe sobre a gestão democrática do ensino público no RS, os diretores foram eleitos, com período pré-estabelecido. Quanto aos funcionários já trabalhavam simultaneamente três merendeiras e três servente. Atualmente o educandário conta com duas merendeiras e duas serventes.

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Estrutura física
O primeiro prédio foi construído pelo Dr. Pedro Eggler. Construído a partir de 1939, continua bem conservado e atualmente abriga a Biblioteca Monteiro Lobato, almoxarifado, banca de livros e sala de recursos (para alunos com laudo) e sala dos NETs. O segundo prédio foi inaugurado em 1975 e hoje abriga secretaria, salas da direção e vice, a coordenação e supervisão, os banheiros, o laboratório de ciências, salas de artes e três salas de aula.

O terceiro prédio, anexo ao primeiro, inaugurado em 1990, abriga a cozinha, refeitório, depósito de alimentos, quatro salas de aula, a sala de vídeo e banheiro para os pequenos. O quarto prédio, que interliga o segundo ao terceiro, é um prédio de dois pisos e que abriga três salas de aula e a sala de informática, inaugurada em 2003. Hoje o Educandário possui uma área de 5.233,56 m² e 2.064,75 m² de área edificada.

Ensino Médio foi um ganho para Monte Alverne
Em 1984 iniciou-se o movimento para implantação do 2º grau. Começaram junto à SEC, as primeiras tratativas para ver as condições e exigências legais para a sua instalação. Na época como existia a obrigação de uma terminalidade, as possibilidades eram mínimas, porém a idéia foi adquirindo corpo e os comentários reforçavam as necessidades.

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Com o empenho da comunidade e do corpo docente e discente, pois em 1987 poder-se-ia conseguir o 2º grau, sem uma terminalidade, o movimento tornou-se maior. Lideranças se reuniram com autoridades. O processo foi montado e, cumpridas todas as exigências legais, recebeu a aprovação do Conselho Estadual de Educação, tranformando a Escola de 1º grau em Escola Estadual de 1º e 2º grau Monte Alverne, decreto publicado no Diário Oficial de 07 de junho de 1988.

A partir deste decreto, começou mais uma etapa, qual seja, de autorização de funcionamento. A maior dificuldade eram os recursos humanos, pois na escola os professores estavam comprometidos com o 1º grau, que não poderia sofrer em função do 2º grau. Devido a distância de Santa Cruz do Sul á Monte Alverne e a insuficiência de horários de ônibus, não foi fácil formar o corpo de professores para o 2º grau.

Autorizado, as aulas iniciaram em 18 de abril, com 21 alunos. Havia inscritos mais de 60 alunos, mas muitos foram para outras escolas devido ao atraso do início do ano letivo, e porque não houve formação de turma para o turno da noite. Desde então houve 1.107 formandos, nos 38 anos do Ensino Médio.

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