A Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul realizou na tarde dessa segunda-feira, 17, reunião especial para tratar de questões relativas à pandemia do novo coronavírus no município. O encontro, proposto pelo vereador Carlão Smidt (PSDB), teve a presença do secretário Municipal de Saúde, Giovani Alles, do médico infectologista Marcelo Carneiro e da presidente da subseção da OAB de Santa Cruz do Sul, Rosemari Hoffmeister, dentre outras pessoas ligadas ao enfrentamento da doença.
Conforme Carlão, o objetivo foi esclarecer aos vereadores e à população santa-cruzense algumas decisões e medidas tomadas pela Prefeitura sobre proibições e restrições impostas no município e também em relação à aplicação de testes rápidos em pessoas que procuram o Hospital de Campanha. “O objetivo é esclarecer e construir. É uma situação atípica que estamos vivendo e não temos a noção de quando efetivamente isso vai parar”, afirma.
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Em breve apresentação logo após a abertura dos trabalhos o médico infectologista Marcelo Carneiro explicou algumas questões, como os critérios para a aplicação dos testes na população. Conforme a normativa emitida pelo governo do Estado, que serve de base para a decisão das autoridades de saúde municipais, a testagem observa pontos como estratégias de saúde e custos para definir quem deve ou não passar pelo procedimento; portanto, nem todas as pessoas que procuram atendimento são testadas.
O vereador Alberto Heck (PT) questionou o acompanhamento posterior dos pacientes considerados curados, tendo como exemplo a reportagem veiculada na Gazeta do Sul dessa segunda-feira, onde o primeiro infectado de Santa Cruz reclama da falta de assistência. Segundo Luciana Weiss Kist, enfermeira da Vigilância Epidemiológica, o órgão tem mais de 9 mil pessoas para contatar, tornando-se inviável o acompanhamento de cada um. Ela informou não se tratar de negligência do Poder Público e disse que todo paciente pode procurar atendimento sempre que julgar necessário.
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Casos na Secretaria de Obras e pedidos de flexibilização
Sobre o contágio entre servidores da Secretaria Municipal de Obras, Luciana Weiss Kist informou que são 15 os resultados confirmados, com 70 testes aplicados. Segundo ela, o hábito das equipes de se reunirem para as refeições contribuiu para a disseminação da doença. “Hoje não dá para todo mundo almoçar junto, principalmente em ambientes pequenos. Não basta somente usar a máscara e lavar as mãos”, frisou o médico Marcelo Carneiro.
A flexibilização de algumas normas também esteve na pauta. Mathias Bertram (PTB) pediu maior agilidade nas decisões do Gabinete de Emergências, enquanto Bruna Molz (Republicanos) levantou a possibilidade de uma abertura dos cinemas, fechados há cinco meses. Rosemari Hoffmeister, integrante do Gabinete, respondeu que o órgão está observando constantemente a situação e reavaliando as posições. No caso da liberação dos cinemas, a decisão não compete ao Município e sim ao governo do Estado.
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