Após duas sessões ocorridas em um grupo de WhatsApp na semana passada, a Câmara de Santa Cruz realizou nessa segunda-feira, 30, a primeira reunião por videoconferência da história. Por meio do aplicativo Zoom, os 17 vereadores, cada um em sua residência, discutiram e votaram projetos.
Trata-se de um avanço em termos de transparência já que, diferente do WhatsApp, desta vez os trabalhos puderam ser acompanhados em tempo real pela população. A coluna acompanhou e o resultado foi muito positivo, com boa qualidade de som e imagem. O modelo, que também será utilizado pela Assembleia Legislativa, deve ser mantido enquanto vigorarem as orientações de distanciamento por conta da pandemia de coronavírus.
A pandemia, aliás, foi o principal assunto dos debates na reunião. Primeiro, por conta de uma proposta de moção de repúdio ao presidente Jair Bolsonaro apresentada por Alberto Heck (PT) em função do polêmico pronunciamento da última terça-feira em que defendeu o fim do isolamento social.
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Na sessão, Heck acusou o presidente de relativizar os riscos do vírus. “Não é momento de brincar com coisa séria”, falou. A moção, porém, acabou rejeitada. A maioria dos parlamentares alegou que, a despeito de excessos verbais, a preocupação do presidente com a preservação da economia é legítima.
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Alguns vereadores também defenderam um relaxamento das medidas de distanciamento, sobretudo em relação às atividades econômicas. Zé Abreu (PTB) cobrou “bom senso” e sensibilidade do governo em relação aos trabalhadores autônomos, sobretudo da construção civil. Na mesma linha, Mathias Bertram (PTB) pediu uma “flexibilização mínima” e afirmou que a postura não pode ser “nem oito nem 80”. “A economia também é importante. Algumas coisas precisam minimamente andar”, falou.
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