A Câmara de Vereadores de Candelária aceitou, na manhã dessa segunda-feira, 10, a denúncia contra o vereador Rogério Gomes da Silva, conhecido como Rogério Negão (PSB). Ele é acusado de, no dia 30 de junho, ter praticado crime de importunação sexual contra duas adolescentes de 14 anos. O parlamentar chegou a ser preso pela Brigada Militar. No dia seguinte, 1º, o Portal Gaz noticiou o fato em primeiro mão. Na última quinta-feira, 6, a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Mulher, de Candelária, protocolou um pedido de cassação do mandato dele, por quebra de decoro.
A denúncia foi aprovada por unanimidade. Em seguida, o presidente da Câmara, Alan Wagner (PSB), escolheu, através de sorteio, três representantes para formar a comissão processante, que será responsável por apurar os fatos e emitir um relatório favorável ou não à cassação. Farão parte da comissão as vereadoras Jaira Diehl (PTB), como presidente, Cássia Rosa (PSB) e Rui Leopoldo Beise (PSB). Cássia é suplente e está cobrindo as férias de Pedro Moraes, que vai ocupar o lugar dela quando retornar.
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A Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Mulher é composta por Cristina Rohde (PSDB), Ginevra da Silveira (PSB) e Alexandra Bini (Progressistas). Elas não puderam votar sobre a aceitação da denúncia nem participar do sorteio. “O poder legislativo não pode sofrer nenhuma calúnia porque um vereador não honrou com a sua conduta”, frisou Cristina Rohde, presidente da Frente Parlamentar.
Conforme a vereadora, elas não buscam incriminar o parlamentar, e sim uma resposta, tanto da Justiça quanto da Casa Legislativa. “Prezamos para que a justiça seja feita na esfera criminal, mas, sobretudo, o que nós queremos é uma resposta para a população, que nos pede muito. Essa comissão tem 90 dias para fazer todos os levantamentos, chamar o vereador para ele apresentar provas, contestar”, disse.
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Após a conclusão da comissão, o relatório será levado a plenário para votação de todos os vereadores. Desde a ocorrência, o vereador Rogério Negão não tem comparecido às sessões – está de licença médica.
Relembre o caso
Na noite de 30 de junho, uma guarnição da Brigada Militar que fazia a segurança das finais do Campeonato Municipal de Futsal de Candelária foi acionada após o vereador ter, supostamente, passado a mão nas partes íntimas de duas adolescentes, ambas de 14 anos, próximo a um banheiro.
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O suspeito, que teria antecedentes por crimes como lesão corporal culposa de trânsito, estelionato e ameaça, negou as acusações, confirmadas, inclusive, pelos pais das adolescentes. Em conversa com o acusado, os policiais militares notaram que ele apresentava hálito etílico. Todas as pessoas foram conduzidas até a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Santa Cruz do Sul para registro do fato.
O delegado Marcelo Chiara Teixeira, plantonista na ocasião, determinou a lavratura de um registro por importunação sexual e instauração de inquérito policial para apuração total dos fatos. A investigação será conduzida pela Delegacia de Polícia de Candelária.
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