O futuro político do vereador afastado de Santa Cruz André Scheibler (PSD) deve ser definido até meados de agosto. Na sessão virtual desta segunda-feira, 18, a Câmara acolheu por unanimidade o pedido de abertura de um processo de cassação contra ele por quebra de decoro parlamentar. Uma eventual cassação tornará Scheibler inelegível.
Scheibler foi afastado do cargo no último dia 8 por decisão da 1ª Vara Criminal. Ele e outras cinco pessoas – incluindo a secretária municipal de Habitação, Aretusa Scheibler, sua esposa – respondem a duas ações ajuizadas pelo Ministério Público por uma série de supostas irregularidades, incluindo exigência de salários de servidores, assessores fantasma e uso de veículo, materiais e funcionários da Prefeitura em uma obra privada.
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Com o acolhimento da denúncia, Scheibler será o terceiro vereador a ficar sob risco de cassação – os processos de Elo Schneiders (PSD) e Alceu Crestani (PSD), também acusados de irregularidades pelo MP, devem ser concluídos em junho. Embora o acolhimento da denúncia tenha sido por unanimidade, nenhum vereador se manifestou sobre o assunto em seus pronunciamentos. Autor da denúncia, Gerson Trevisan (PSDB) foi o único que não participou da votação.
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O processo de cassação será conduzido por uma comissão parlamentar formada por três vereadores escolhidos por sorteio. O prazo de 90 dias para conclusão do processo contará a partir do primeiro ato da comissão, que será a notificação de Scheibler para que apresente a defesa prévia e deve ocorrer ainda nesta semana. Caso o calendário eleitoral não seja modificado em função da pandemia do novo coronavírus, o veredicto da Câmara deve sair próximo à data prevista para o início da campanha, que é 16 de agosto.
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Contraponto
Procurado pela reportagem, o advogado de Scheibler, Ezequiel Vetoretti, disse que não iria se pronunciar por enquanto.
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