A Câmara dos Representantes aprovou nessa quarta-feira, 18, o impeachment do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A destituição do republicano foi apoiada por 230 deputados – eram necessários 216 votos. Outros 197 parlamentares se posicionaram contra o impeachment. Trump permanece no cargo até que o processo seja apreciado pelo Senado.
Com a aprovação do impeachment pela Câmara, Trump se tornou o terceiro presidente da história americana a ser impugnado pela Casa. Antes dele, Andrew Johnson, em 1868, e Bill Clinton, em 1999, acabaram absolvidos pelo Senado. Espera-se que o mesmo aconteça com Trump, já que os republicanos são maioria na Casa.
O Senado tem 100 congressistas, dos quais 53 são republicanos, 45, democratas e dois, independentes. Para que Trump perca o mandato, é preciso que um terço dos senadores – 67 – vote a favor do impeachment.
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Os deputados votaram pela impugnação com base em dois artigos: abuso de poder e obstrução da investigação no Congresso. O relatório final sobre o impeachment de Trump diz que o presidente “traiu o cargo” ao pressionar a Ucrânia para investigar adversários políticos em benefício próprio e que os supostos crimes praticados pelo presidente “colocam o país em risco”.
No discurso que abriu a votação, o presidente da Comissão de Inteligência da Câmara, Adam Schiff, disse que Trump “sacrificou a segurança nacional em um esforço para trapacear nas próximas eleições”, o que justificaria a impugnação.
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Segundo a deputada democrata Carolyn Maloney, de Nova York, as acusações contra Trump “são piores daquelas contra Nixon”, presidente que chegou a ser acusado, mas renunciou antes que o processo fosse votado pela Câmara, em 1974.
O deputado republicano Barry Loudermilk, da Georgia, chocou diversos colegas ao comparar o inquérito do impeachment ao julgamento de Jesus, dizendo que Cristo teve mais direitos antes de sua crucificação do que Trump.
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