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Câmara aprova aumento do funcionalismo sem mudanças

Os vereadores de Santa Cruz do Sul aprovaram, no início da tarde dessa quarta-feira, 30, o reajuste salarial dos servidores do quadro-geral da Prefeitura. A sessão extraordinária durou mais de três horas e foi marcada por tensão e bate-boca. O ponto mais polêmico era uma emenda protocolada pela oposição que antecipava o pagamento da segunda parcela e que acabou derrubada.

Pela proposta da Prefeitura, o funcionalismo irá receber 12% em duas parcelas iguais, a primeira em abril e a segunda em outubro. Uma emenda apresentada pelo vereador Ari Thessing (PT) previa a antecipação da segunda parcela para junho. Durante toda a sessão, os vereadores de oposição se revezaram na tribuna para defender a aprovação da emenda e atacar o governo. A principal alegação era de que, em 2011, quando a então prefeita Kelly Moraes (PTB) concedeu um reajuste parcelado, os parlamentes que hoje compõem a base governista conseguiram aprovar uma emenda idêntica. “Vocês têm que aprovar essa emenda até para provar ao funcionalismo que são coerentes”, provocou Thessing, em pronunciamento.

Os vereadores aliados ao governo, entretanto, insistiram que, diante do cenário de crise na economia, não há condições de modificar o reajuste. “Não dá para antecipar se não tem recurso para pagar. É só acessar o site da Prefeitura e ver como está a arrecadação”, disse o líder de governo, Edmar Hermany (PP).

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Pouco antes da votação, os debates esquentaram por conta de um bate-boca entre Ilário Keller (SD) e Luís Ruas (PDT), que se acusaram mutuamente de carguistas e chegaram a trocar xingamentos. Ao final, como era previsto, a votação terminou em empate: PT e PTB votaram a favor da emenda, enquanto PP, PSDB e SD votaram a favor. O presidente Alceu Crestani (PSDB) deu o voto de minerva pela derrubada.

Além do aumento do quadro-geral, também foi aprovado o reajuste de 11,36% para o magistério municipal, que equipara o salário da categoria com o piso nacional dos professores. Tanto o funcionalismo quanto o magistério terão ainda aumento no valor do auxílio-alimentação de R$ 440,00 para R$ 480,00 mensais.

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