Com a presença de representantes dos movimentos feminista e LGBTQIA+ nas galerias, os vereadores de Santa Cruz aprovaram nesta segunda-feira, 1º, por unanimidade, o projeto de lei que recria o Departamento da Mulher e cria o Departamento da Diversidade na Prefeitura. Os órgãos, que serão responsáveis por conduzir as políticas voltadas a esses dois públicos, vão ser vinculados à Secretaria Municipal de Habitação, Desenvolvimento Social e Esporte.
Na tribuna, vereadores governistas e de oposição elogiaram a iniciativa. O líder de governo, Henrique Hermany (Progressistas), lembrou que o Departamento da Mulher havia sido extinto durante o governo Telmo Kirst e parabenizou os movimentos pela mobilização. Alberto Heck (PT) afirmou que os órgãos vão garantir mais visibilidade às causas, enquanto Bruno Faller (PDT) destacou que a discriminação está “enraizada na sociedade”. “É um trabalho hercúleo eliminar o preconceito”, disse.
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O projeto teve apoio, inclusive, de Leonel Garibaldi (Novo), que costuma se posicionar de forma contrária a projetos que preveem criação de cargos. Em pronunciamento, ele alegou que a medida é necessária para garantir “representatividade plena” no município.
Na sessão, também foi aprovada uma indicação ao Congresso Nacional, protocolada pela bancada do Progressistas e subscrita por outros vereadores, para que sejam elevadas as penas para o crime de feminicídio. Já Nicole Weber (PTB) aproveitou o momento para entregar uma moção de pesar à filha de Heide Pribe, que foi vítima de feminicídio no dia 8 de julho. Nicole lembrou que o Brasil é um dos países com maior número de registro de mortes violentas de mulheres e população LGBTQIA+. “Não se pode chamar de ‘mimimi’ algo que está matando gente”, falou.
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Único a ponderar em relação ao projeto, Carlão Smidt (PSDB) pediu que os órgãos não sejam conduzidos com “radicalismo”. “Confio e acredito que esse departamento não se transforme em espécie de kit gay junto às escolas”, falou.
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