Quebrando um jejum de quase um ano, a Caixa Econômica Federal voltou a oferecer a linha de crédito pró-cotista e ainda ampliou o percentual de financiamento de imóveis usados para 70%. Na prática, as medidas que entraram em vigor nesta terça-feira irão favorecer todo o segmento imobiliário – tanto na venda quanto na reforma –, aquecendo a economia já no início de 2018.
Para a presidente da Sociedade das Empresas Imobiliárias de Santa Cruz do Sul (Seisc), Cátia Riesch, as alterações feitas no financiamento imobiliário não poderiam ter ocorrido em melhor hora. “Nesta época do ano, temos um grande volume de visitas aos imóveis. É o momento no qual as famílias têm tempo de conhecer o que está disponível para venda”, explica.
De acordo com a empresária, nas 24 empresas associadas da Seisc, existe um passivo grande de imóveis usados, que acabavam ficando em segundo plano nos negócios. “Como o comprador necessitava dispor de metade da quantia para auxiliar na quitação, muitos clientes acabavam desistindo do financiamento”, ressalta.
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Na loja de materiais de construção, aposta do consumidor é nos pisos de porcelanato. Foto: Lula Helfer.
Diferentes segmentos devem ser aquecidos
Quem compra um imóvel usado geralmente precisa reformá-lo antes de fazer a mudança. Com isso, além das imobiliárias, pelo menos outros quatro segmentos diferentes também saem no lucro. Os prestadores de serviço, como pintores, encanadores e eletricistas; arquitetos e engenheiros; indústria de móveis planejados e lojas de materiais de construção participam do sonho da casa própria, quando a casa é usada.
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Na loja Casa Nova, do Bairro Senai, em Santa Cruz, os pisos de porcelanato e tintas acrílicas estão entre os produtos mais vendidos. Vânia Machado Job é caixa no estabelecimento e diz que a expectativa com a mudança no financiamento é boa. “O piso faz parte do gosto do proprietário. A gente vende também novas aberturas quando se trata de reforma.”
Aumento da margem
A elevação do percentual de financiamento é outra boa notícia. Até o fim do ano passado, para comprar um imóvel usado, o consumidor precisava ter pelo menos a metade do valor da casa para pagar, além do financiado. “A maioria das pessoas que vendem imóveis quer dinheiro como pagamento e não outros bens. Assim, era necessário dispor de um valor muito grande para o negócio”, explica a presidente da Seisc.
PRÓ-COTISTA
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